Deputados não aceitam pedido para que o STF investigue de Michel Temer por corrupção passiva; Aliel e Sandro votaram a favor de investigação
Em uma sessão que se prolongou por mais de dez horas, a Câmara aceitou o parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania contrário à autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra processo contra o presidente da República, Michel Temer, por crime de corrupção passiva. Com isso, o presidente fica livre de investigação, ao menos até o fim de seu mandato, da acusação de crime de corrupção passiva, de acordo com denúncia feita pela Procuradoria Geral da República. Os dois deputados ponta-grossenses votaram contra o relatório que livra Temer das investigações.
A sessão que livrou Temer de um afastamento por pelo menos 180 dias foi marcada por discursos a favor e contra a denúncia, por defesa ardorosa ao presidente, com acusações ao governo e também troca de empurrões e palavras de ofensas em alguns momentos.
A sessão destinada a discutir e votar se a denúncia contra o presidente deve prosseguir na Justiça começou pontualmente às 9 horas, mas só por volta das 11h20 o plenário alcançou o quórum de 257 deputados presentes, número mínimo necessário para votar requerimentos. Durante toda a manhã, oposicionistas e governistas trocaram acusações e expuseram diferentes argumentos e estratégias em torno da votação.
Durante a tarde, houve o momento mais tenso da sessão, com parlamentares trocando empurrões. A discussão mais áspera foi motivada após Wladimir Costa (SD-PA) erguer um ‘pixuleco’ no plenário. Houve troca de empurrões entre parlamentares e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), interveio e cobrou um comportamento mais adequado dos parlamentares. Vocês acham mesmo que ficar jogando boneco para cima e para baixo, de um lado para o outro, é uma imagem bonita para o Brasil?, questionou.