Em 2017, o Brasil caiu quatro posições em relação ao Índice do ano anterior, ficando à frente apenas de Mongólia e Venezuela. O ranking é divulgado anualmente pelo International Institute for Management Development (IMD), com sede na Suíça, e pela Fundação Dom Cabral (FDC), escola de negócios brasileira com atuação internacional. O resultado consolida uma tendência de perda de espaço do país no cenário competitivo internacional. Depois de atingir sua melhor posição em 2010, com o 38º lugar, o Brasil despencou 23 posições no relatório do IMD.
A queda do Brasil no Índice se deve aos fracos resultados do país nos quatro fatores analisados pelo IMD: desempenho econômico, eficiência do governo, eficiência empresarial e infraestrutura. Entre eles, o que mais pesa é o de eficiência governamental, em que o país vem apresentando pioras constantes desde 2009. Nesse quesito, atualmente, está na 62ª colocação, superando apenas a Venezuela.
Está mais do que claro que a falta de uma gestão pública eficiente, livre da corrupção e voltada para o desenvolvimento do Brasil interfere diretamente no desempenho econômico e nos indicadores sociais do país, afirma Campagnolo. O Brasil precisa de um projeto de nação em que os interesses da coletividade estejam acima de interesses políticos ou pessoais. Mas essa transformação só vai ocorrer quando houver a mobilização de toda a sociedade, superando os impasses políticos e colocando na condução do país pessoas realmente comprometidas com o desenvolvimento, completa.
O presidente da Fiep afirma ainda que é preciso também que o Congresso Nacional assuma sua responsabilidade e continue debatendo as reformas necessárias para melhorar o ambiente de negócios do país. O Brasil precisa criar um cenário mais favorável ao empreendedorismo e ao investimento produtivo, e as reformas são o ponto inicial para isso. É preciso modernizar e desburocratizar nossas legislações Trabalhista, Previdenciária e Tributária, entre outras, para que possamos aumentar a eficiência do setor produtivo, o que se reverterá na geração de empregos e riquezas para toda a sociedade, avalia Campagnolo.