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Brasil precisa melhorar gestão pública, alerta presidente da Fiep

A nova queda do Brasil no Índice de Competitividade Mundial, passando a ocupar a 61ª colocação entre 63 nações avaliadas, comprova a gravidade da crise econômica e política que o país vem enfrentando nos últimos anos. A opinião é do presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que cobra responsabilidade da classe política para que adote medidas efetivas que melhorem a eficiência da gestão pública, combatam a corrupção e aprimorem o ambiente de negócios do país. “Esses são os únicos caminhos para que o Brasil retome a confiança de investidores, aumente sua competitividade no cenário global e se coloque num rumo de desenvolvimento econômico e social de longo prazo”, afirma Campagnolo.

Em 2017, o Brasil caiu quatro posições em relação ao Índice do ano anterior, ficando à frente apenas de Mongólia e Venezuela. O ranking é divulgado anualmente pelo International Institute for Management Development (IMD), com sede na Suíça, e pela Fundação Dom Cabral (FDC), escola de negócios brasileira com atuação internacional. O resultado consolida uma tendência de perda de espaço do país no cenário competitivo internacional. Depois de atingir sua melhor posição em 2010, com o 38º lugar, o Brasil despencou 23 posições no relatório do IMD.

A queda do Brasil no Índice se deve aos fracos resultados do país nos quatro fatores analisados pelo IMD: desempenho econômico, eficiência do governo, eficiência empresarial e infraestrutura. Entre eles, o que mais pesa é o de eficiência governamental, em que o país vem apresentando pioras constantes desde 2009. Nesse quesito, atualmente, está na 62ª colocação, superando apenas a Venezuela.

“Está mais do que claro que a falta de uma gestão pública eficiente, livre da corrupção e voltada para o desenvolvimento do Brasil interfere diretamente no desempenho econômico e nos indicadores sociais do país”, afirma Campagnolo. “O Brasil precisa de um projeto de nação em que os interesses da coletividade estejam acima de interesses políticos ou pessoais. Mas essa transformação só vai ocorrer quando houver a mobilização de toda a sociedade, superando os impasses políticos e colocando na condução do país pessoas realmente comprometidas com o desenvolvimento”, completa.

O presidente da Fiep afirma ainda que é preciso também que o Congresso Nacional assuma sua responsabilidade e continue debatendo as reformas necessárias para melhorar o ambiente de negócios do país. “O Brasil precisa criar um cenário mais favorável ao empreendedorismo e ao investimento produtivo, e as reformas são o ponto inicial para isso. É preciso modernizar e desburocratizar nossas legislações Trabalhista, Previdenciária e Tributária, entre outras, para que possamos aumentar a eficiência do setor produtivo, o que se reverterá na geração de empregos e riquezas para toda a sociedade”, avalia Campagnolo.

Campagnolo: “o Brasil precisa de um projeto de nação”

Foto: Divulgação

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