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“Bolsonaro precisava dar respiradinha”, diz ministro Heleno, sobre cancelamento de entrevista em Davos

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, atribuiu à agenda pesada e o cansaço a decisão do presidente Jair Bolsonaro de cancelar pronunciamento conjunto no Fórum Econômico Mundial de Davos. O pronunciamento estava marcado para as 16 horas local – 13 horas de Brasília. 
"A agenda é pesada. A diferença acaba influindo. Ele já não dorme muito bem, de muito tempo, não é de hoje. Se der uma chancezinha às vezes ele dorme no carro porque a programação é cansativa", explicou o general, depois de o presidente ter retornado ao hotel.
Segundo Augusto Heleno, não "há nada além disso" com o presidente. O ministro disse que os encontros do presidente em Davos têm sido ótimos e almoço desta quarta foi bastante produtivo. "Não tem nada que possa ter levado ele a sair com pressa. Ele precisava dar uma respiradinha para continuar na programação", disse.
O ministro negou também que o presidente tenha se sentido mal. "Sentiu nada. Você não viu a velocidade que ele saiu de lá. Essa velocidade não é de alguém que está sentindo alguma coisa. É de alguém que está se sentindo bem", disse o general.
Heleno foi escalado para dar explicações depois de mais de uma hora de informações desencontradas sobre o cancelamento do pronunciamento do presidente.

Cancelamento
Após 15 minutos de atraso, a organização do Fórum Econômico Mundial de Davos anunciou oficialmente que a coletiva de imprensa com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e ministros que o acompanham na comitiva a Davos foi cancelada. Primeiro, surgiu a informação de que o presidente não viria mais e que os ministros seriam encarregados de falar com os jornalistas. Depois, que a entrevista teria sido cancelada por completo. Os ministros seriam Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). 
Rumores extraoficiais, no entanto, dariam conta de que a coletiva teria sido suspensa porque o governo estaria insatisfeito com a cobertura da imprensa durante o Fórum. Ao anunciar o cancelamento, os organizadores do Fórum disseram que não saberiam informar os motivos que levaram à não-realização da conferência e pediram aos jornalistas que obtivessem informação diretamente com o governo brasileiro. 
 

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