Auditores fiscais em todo País deram início a uma paralisação para pressionar o Governo Federal. Eles querem que a Medida Provisória (MP) 765/2016, que trata da recomposição salarial, volte a ser discutida no Congresso Nacional. O texto precisa ser apreciado até o próximo dia 1° de junho, caso contrário perderá a validade.
Em Ponta Grossa a categoria paralisou parcialmente as atividades de terça-feira até ontem. Na semana passada, o movimento foi de apenas um dia, mas na próxima poderá se estender por cinco dias. Foi votada a semana toda, mas ainda não tem definição, explica o representante do (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Marcelo Mercolini.
Segundo Marcelo, a paralisação não é total porque é preciso manter 30% do efetivo, para que os serviços essenciais não parem. Ele esclarece que o atendimento ao público continua normal. O que muda é o serviço interno, como o pedido de compensação, de restituição. Estas análises internas ficam mais demoradas, porque o efetivo está menor, fala.
Marcelo reforça que a ideia não é prejudicar o cidadão comum, mas pressionar o Governo, que sentirá os efeitos na arrecadação de tributos. Nossos procedimentos resultam em arrecadação de valores altos, afirma ao observar que com a paralisação a compensação se torna mais lenta. Cuidamos para que não ocorra nenhuma ilegalidade, sempre fazendo dentro da lei, reforça.