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Antecipação de B10 é aprovada para março

A antecipação do B10, mistura de 10% de biodiesel ao diesel mineral, para março de 2018, aumentará a demanda por biodiesel e, consequentemente, o processamento doméstico de soja e o refino de óleo para biodiesel.

O óleo de soja é a principal matéria-prima utilizada na fabricação de biodiesel, com uma participação entre 75% e 80%. Além da geração de emprego e renda, o biodiesel agrega valor à soja, promove a inserção da agricultura familiar e contribui para a redução de gases de efeito estufa na atmosfera em mais de 70% em relação ao diesel fóssil. Assim, o biodiesel é importante para o Brasil atingir as metas definidas nas Contribuições Nacionalmente Determinadas do Acordo de Paris.

O biodiesel também reduz as emissões de material particulado, hidrocarbonetos e monóxido de carbono na atmosfera. Com isso, contribui para a queda nos índices de mortalidade, internações e tratamentos de doenças cardiorrespiratórias. Desde o início do uso do biodiesel no Brasil, em 2005, 50 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser lançadas na atmosfera.

A ABIOVE estima que o B10 ampliará o processamento de soja para 43 milhões de toneladas (1,5 milhão de toneladas a mais em relação a 2017) e levará à criação de 20 mil novos postos de trabalho. Também significará economia de US$ 2,2 bilhões em divisas internacionais com a substituição do volume equivalente importado de diesel mineral.

Pelos cálculos da ABIOVE, desde que começou a ser adotado, em 2005, até 2017, o biodiesel gerou demanda para processamento doméstico de 98 milhões de toneladas de soja. Outras 4,2 milhões de toneladas de gorduras animais foram utilizadas, evitando o descarte inadequado no meio ambiente.

Oferta – O setor defende a previsibilidade do aumento da mistura e trabalha pela definição do cronograma de crescimento gradual da mistura nos próximos anos até B15.

O biodiesel tem crescido com base em um modelo que comercializa o produto por meio de leilões, modalidade que traz transparência e segurança. Nesses leilões, é garantido tratamento diferenciado para as usinas que adquiriram oleaginosas por meio do Selo Combustível Social. Nessa modalidade, mais de 70 mil famílias da agricultura familiar são beneficiadas e vendem oleaginosas no âmbito do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel.

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