Janeiro poderá ser marcado por greve nas seis unidades da BRF do Paraná. Sem reajuste salarial em 2015, os trabalhadores ameaçam cruzar os braços a partir do próximo dia 12. A decisão de parar as fábricas foi tomada nesta terça-feira, após a empresa reformular a oferta inicial de 5% para 8%, percentual abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 10,33% (acumulado até outubro de 2015) e do reivindicado pela categoria de 11,83%. O primeiro pedido da classe trabalhadora era 16,33% (6% de aumento real) e tíquete alimentação de R$ 250 (hoje de R$ 180).
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, Luís Pereira dos Santos, explica que a decisão de encolher o índice ocorreu para ajudar a empresa, no entanto a reunião desta semana foi decepcionante. Estamos muito longe de chegar a um acordo com a empresa porque ela não está levando a sério a pauta dos trabalhadores. Nossa pauta começou com proposta do INPC mais 6% e tíquete de R$ 250. A empresa, na primeira rodada, ofereceu 5%, o que é um absurdo e chegamos nesta segunda rodada, com o sindicato chegando em Curitiba às 14 horas e ficando até meia-noite, ouvindo conversa dos negociadores da BRF. Uma verdadeira ladainha, uma palhaçada, porque sabemos muito bem que a BRF tem condições de dar um reajuste bom, acima do INPC, diz.
Leia mais na edição impressa