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Adesão de seguro rural retoma crescimento em Ponta Grossa

Após uma queda registrada nos últimos anos, a contratação de seguro rural voltou a crescer em Ponta Grossa. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 92 produtores da cidade aderiram a algum plano em 2019, 48% a mais do que os 62 de 2018. Juntos, eles seguraram um montante de R$ 31,91 milhões no ano passado, valor 87% maior do que os R$ 17,06 milhões do período anterior.

Com o aumento, 16.628 hectares de área produtiva foram segurados em caso de incêndios, problemas climáticos ou queda de preços, por exemplo. Essa é a maior área registrada nos últimos cinco anos, e chega a ultrapassar o dobro do total de hectares de 2018, que foi de 7.816 ha. As taxas médias foram as menores desde 2015, ficando em 7,01% ante 7,61% em 2018. Elas variam conforme a atividade: enquanto que para grãos foi de 7%, para floresta 2,06% e para frutas 12,32%.

Seguindo a tendência da produção no campo ponta-grossense, os grãos foram os principais segurados na cidade, correspondendo a 99,07% de toda a área inclusa em algum contrato e 93,99% do valor segurado – R$ 29,99 milhões. Em contrapartida, a floresta segurou R$ 1,67 milhão em 149 hectares e as frutas R$ 240,98 mil em apenas seis hectares.

Subvenção

Ao contratar uma apólice de seguro rural o produtor, seja na forma de pessoa física ou jurídica, pode minimizar suas perdas ao recuperar o capital investido na sua lavoura. O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) oferece ao agricultor a oportunidade de segurar sua produção com custo reduzido, por meio de auxílio financeiro do governo federal.

Para o presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, a retomada dos investimentos em seguros é motivada pelo trabalho de ampliação que vem sendo pela ministra Tereza Cristina, em parceria com representantes estaduais. “Para o produtor o seguro ainda é caro, mas é necessário tanto para áreas boas, quanto para ruins. Quanto mais gente fazendo seguro menor o risco, o que barateia tanto ele quanto o custo final do produto”, avalia.

Segundo ele, o ministério vem fazendo um movimento forte de ampliação do programa, procurando um modelo mais eficiente e que garanta receita ao produtor rural. “Se tiver uma política de preço mínimo e seguro tenho certeza de que terei rentabilidade em uma atividade de muito risco, uma garantia de produção. O governo tem que alavancar e subsidiar mais onde vê mais necessidade. Por exemplo: é importante pra gente ter arroz e feijão na mesa por um preço baixo? Quanto mais uma cultura se torna menos arriscada, mais gente produz e mais acessível fica o preço para o consumidor”, aponta Gustavo Ribas Netto.

Recorde

O PSR é contemplado no Plano Safra que, para 2020, anunciou um valor recorde voltado à subvenção do seguro rural: R$ 1 bilhão. Em 2019 R$ 600 milhões foram disponibilizados e, deste valor, R$ 440 milhões foram utilizados – 19% a mais do que no ano anterior.  Dados do Mapa apontam que cada apólice recebeu em média R$ 4.620, correspondendo a uma subvenção média de 35% do prêmio. Considerando o tamanho das propriedades, 98% das áreas seguradas foram pequenas e médias, de acordo com o módulo fiscal de seus municípios. Em Ponta Grossa, no último ano, o orçamento de subvenção chegou a R$ 711.902.

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