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46,2 mil estudantes foram atendidos em casa ou hospitais

No Paraná, a educação vai até quem precisa. Graças ao Serviço de Atendimento da Rede de Escolarização Hospitalar (Sareh), da Secretaria de Estado da Educação, 46.203 estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, Educação Profissional e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) receberam atendimento educacional enquanto estiveram impossibilitados de frequentar a escola em função de tratamento de saúde.

Em quase 12 anos de existência, o serviço atendeu 43,9 mil estudantes em hospitais e 2,3 mil nas casas dos próprios alunos, proporcionando a continuidade do processo de escolarização, inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar. O serviço é ofertado pela Secretaria da Educação, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, em 19 instituições hospitalares

“É um desafio ofertar a escolarização para uma criança que não está em uma sala de aula, que as vezes está em um momento de fragilidade, de angústia, longe dos amigos e da família. Mas quando a professora entra no quarto do hospital eles ficam felizes e reconhecem o vínculo com o professor”, disse a pedagoga Luciane Costa Simões da Silva, coordenadora do Sareh no Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.

Para não perder nada

Enquanto cuida de Isabella, de pouco mais de um mês de vida, Daiane de Cordova, de 18 anos, aproveita os intervalos para continuar os estudos na sala de aula do Hospital Infantil Waldemar Monastier, também em Campo Largo. Ali ela tem aulas sempre acompanhada por uma pedagoga. “As professoras são muito atenciosas e procuram relacionar o que eu já aprendi e o que estaria aprendendo agora, o que facilita a compreensão dos conteúdos”, contou.

Como ela teve que interromper os estudos, aproveitou a oferta da educação hospitalar para voltar a estudar. “É uma oportunidade muito boa porque não tem como sair do hospital, ir para o colégio e depois voltar. Podendo estudar aqui eu consigo cuidar da Isabella, retomar os estudos e rever os conteúdos que estaria vendo na escola.”

A dona de casa Maria Aparecida Machado acompanhou de perto a revisão dos exercícios de Matemática do neto, Gabriel Henrique Cruz Machado, de 14 anos, enquanto ele se recupera de uma cirurgia de retirada das amígdalas. Ela contou que a oferta da educação hospitalar permitiu que o neto não perdesse conteúdos durante os dias de recuperação. “Ele pôde continuar estudando e quando voltou para a escola acompanhou os outros alunos.”

Como funciona

Nos hospitais, os estudantes são acompanhados por três professores que atuam nas áreas de humanas, exatas e linguagem, além de um pedagogo. Em casa, o atendimento é feito por professores e o acompanhamento pelo pedagogo da escola onde o aluno está matriculado.

Os estudantes são atendidos individualmente de acordo com o Referencial Curricular. Os professores fazem uma avaliação individual para diagnosticar o que o aluno estava aprendendo em sua escola antes de iniciar o tratamento de saúde. “Conversamos com os pais e com os alunos para fazer a adaptação conforme as necessidades do aluno, conhecimentos, dificuldade e a parte clínica”, explicou Luciane.

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