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‘2017 foi o ano da colheita’, afirma Pauliki

O Diário dos Campos dá início a uma série de entrevistas com os deputados estaduais e federais de Ponta Grossa em que eles apresentam o balanço das ações realizadas e os projetos para 2018. 
O primeiro entrevistado é Marcio Pauliki (PDT), que fez uma avaliação dos três anos de seu primeiro mandato como deputado estadual e confirmou sua candidatura ao cargo de deputado federal nas eleições de 2018. Empresário e ex-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), Pauliki concorreu a um cargo eletivo pela primeira vez em 2012, quando candidatou-se a prefeito de Ponta Grossa e ficou perto de ir para o segundo turno. Dois anos depois, com quase 63 mil votos, foi eleito deputado estadual. Defendendo uma política de resultado, Pauliki avalia sua postura política como "independente e de centro", e já adianta que deve mudar de partido. Confira alguns trechos da entrevista de Pauliki.

Balanço de 2017 
"2017 foi o ano de colher os frutos do trabalho técnico que tive ao longo dos dois primeiros anos e do bom relacionamento com o governo do Estado. Estes frutos são em quatro questões: legislar, fiscalizar, trazer recursos e projetar novos investimentos. 
Cheguei ao final do terceiro ano de mandato com dez projetos de lei aprovados, dos quais a maioria está ligada à defesa do consumidor. No que diz respeito a fiscalizar, faço parte da Frente Parlamentar contra Prorrogação dos Contratos de Pedágio e sou presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda, que realizou mais de 20 audiências, muitas ligadas a cobrança de questões de distribuição de ICMS. Também sou presidente da CPI das Questões Fundiárias, e estamos elaborando o relatório final para que possamos ter alguns indiciamentos e a cobrança efetiva para reintegração de posse , além de adequação das famílias". 

Recursos viabilizados
"A terceira função que executei foi trazer recursos, porque deputado estadual é quem mais pode passar para o governo as necessidades reais. Assim, mesmo não tendo emendas impositivas consegui trazer para a região mais de R$ 10 milhões em 2017, dos quais R$ 5 milhões foram para Ponta Grossa. Deste valor, R$ 2 milhões foram destinados para a primeira fase do Instituto do Câncer dos Campos Gerais. São ainda sete viaturas que vão fazer o trabalho específico nos distritos da cidade e a patrulha comercial, assim como quatro módulos móveis para a Guarda Municipal. E, em parceria com o deputado Plauto [Miró, DEM], conseguimos recursos para a reforma da Cadeia Pública Hildebrando de Souza e uma Patrulha do Campo". 

Investimentos previstos 
"Para 2018, consegui emplacar a liberação de mais R$ 8 milhões para o Instituto do Câncer. Além disso, serão investidos mais R$ 500 mil para a reforma do IML de Ponta Grossa, além de investimento de R$ 1,5 milhão para a construção de um IML em Telêmaco Borba e R$ 1,5 milhão para um IML em Irati. R$ 2 milhões serão destinados para a Incubadora na UEPG, e R$ 500 mil para o fortalecimento de equoterapia". 

Pactos  
"São três programas importantes que consegui ao longo do último ano e posso dizer que valeram meu mandato. Um deles é que o programa Paraná Competitivo, que hoje serve para todos os segmentos empresariais. Junto com isso, lutamos pelos distritos industriais regionais, para distribuição de ICMS de forma igual, principalmente no interior. Este é o Pacto pelo Emprego. 
Outro programa é o Pacto pela Saúde, com o Instituto do Câncer dos Campos Gerais e os mutirões de cirurgia. O terceiro programa é o Pacto pelas entidades, com Nota Paraná Solidária, que já destinou R$ 50 milhões para mais de mil entidades". 

Relacionamento com o governo do Estado 
"A questão política dos governos está acima da questão técnica. Se não tiver um bom relacionamento é muito difícil conseguir recursos para a região. A grande corda bamba é poder ter independência no posicionamento e, ao mesmo tempo, conseguir ter bom relacionamento a ponto de conseguir trazer coisas boas. Não se pode deixar de fiscalizar algo errado, mas, ao mesmo tempo, temos que entender que não pode viver apenas de subir na tribuna e ficar reclamando, porque isso não resulta em beneficio concreto para a região. O que precisamos para a nossa região é, efetivamente, recursos, programas, projetos, infraestrutura". 

Mudança de partido 
"Entrei no PDT por intermédio do ex-senador Osmar Dias, que é pré-candidato a governador. Eu não entro no partido pelo posicionamento, mas pelas pessoas. Estou um pouco incomodado com o PDT pelo posicionamento que teve votando contra o impeachment [da presidente Dilma]. Eu me posicionei a favor e houve desgaste com o partido. Por isso, em 2018 vou buscar um novo partido. Eu sou leal ao Osmar Dias desde 2006 e vou com ele, mas a decisão será só em abril". 

Eleição a deputado federal 
"Eu vou buscar a eleição a deputado federal, junto com o Alvaro Dias a presidente e o Osmar Dias a governador. Sou contra abandono de mandato e contra a reeleição na mesma função. Eu, como deputado estadual, levei um bom tempo para aprender como funciona os trâmites no governo e agora me sinto preparado para poder ajudar na renovação do Congresso Nacional. Além disso, deputado federal tem as emendas impositivas, o que dá mais liberdade para conquistar os recursos. Os deputados de Ponta Grossa, – Sandro Alex e Aliel Machado – têm feito um bom mandato. Seria muito bom se tivéssemos três deputados federais". 

Pauliki afirma que está de saída do PDT; mas não adianta qual será novo partido (José Aldinan)

 

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