Comparação
Ontem, comentei aqui na Coluna Visão Empresarial, que um dos aspectos que levam muitas decisões estratégicas a serem tomadas é uma disputa irracional por domínio de um bando. É o que chamamos disputa por ser o macho alfa do bando. Agora, quero provar a você que muitas decisões estratégicas levam em conta sentimentos em vez de racionalidade. Imagine que o presidente de uma empresa está sendo desafiado pelo conselho de administração, pelos acionistas, portanto pelos seus chefes, a desenvolver um plano agressivo de metas e o conselho de administração ainda faz referência ao presidente de outra companhia do mesmo grupo que vem sendo elogiado todo tempo pelos funcionários por ser um líder, por ser uma pessoa carismática, uma pessoa bem quista por todos que trabalham com ele.
Desafio
Agora, esse profissional, esse presidente, além de sentir a pressão de ter de corresponder com o planejamento ainda sente-se com a autoestima baixa, pois afinal é o outro que está sendo elogiado, que está sendo admirado e ele apesar de ter um desempenho bom não recebe o mesmo tipo de elogio. Esse presidente começa a desenvolver o seu planejamento, mas o terá contaminado pelo desejo de ser melhor que o outro e ainda, de receber elogios, de ser uma referência positiva. Pode ter certeza de que esse planejamento não deixará de lado aspectos que melhorem a imagem desse presidente perante a equipe, perante a empresa e até perante os sócios.
Elogios
Racionalmente isso não seria necessário porque quem coloca um planejamento em prática e consegue resultados, em tese deveria estar satisfeito, mas não é isso que nutre a nós seres humanos. Pessoas, muitas vezes renegam o salário em prol de apenas um elogio. Não há nada de errado nisso! Apenas é importante que quando se conhece esses procedimentos, conhece essa funcionalidade do nosso cérebro, conseguimos ponderar melhor sobre cada decisão que tomamos. Amanhã eu comento na coluna Visão Empresarial se é possível manipular e até mesmo conduzir um grupo estratégico para uma determinada decisão.