Lílian Yara de Oliveira Gomes -CRP 08/17889
Para a Psicologia “compreensão refere-se a captar a subjetividade do Outro pela Fenomenologia e pela Psicologia Compreensiva. No uso da empatia e da intuição, coloca-se no lugar deste Outro. A vivência que for captada é comparada com a vivência do observador. Desta comparação se faz as inferências do normal e do patológico”.
Porém nem sempre isso é tão simples assim. Muitas vezes não estamos preparados para compreender realmente o outro, e colocar-se realmente no seu lugar. Neste sentido entra muito da subjetividade de cada um, a capacidade do “não julgamento”, a real empatia.
Ainda temos em nós muito da individualidade, do egocentrismo, do narcisismo que habita em nós.
A compreensão evita conflitos interpessoais, nos ajuda a compreender a nós e aos outros, evita pré-julgamentos, proporciona maior abertura ao diálogo, amplia a escuta, aumenta a confiança e aumenta o auto-conhecimento.
Mas, também temos “os que são compreensivos excessivos”, os que se anulam e depois se arrependem, para esses tudo está bem … Será? Não podemos aceitar tudo sem questionar, sempre entender, perdoar. Tem situações em que “não podemos passar a mão na cabeça do outro” como se nada tivesse nos abalado. O outro também precisa ser questionado, confrontado. Importante refletir: até que ponto agradar o outro é mais importante do que agradar a si mesmo? Fica a reflexão…
Portanto, “ninguém pensa como você, ninguém sente o que você sente, ninguém vive na sua pele; o único capaz de conhecer os seus próprios limites é você mesmo, o único capaz de saber como o outro lhe impacta é você mesmo e o único que pode sinalizar isso só pode ser você também. Respeite o outro, cuide do outro, compreenda o outro… Se for possível”.