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Profissionais que amam o que fazem

Vamos dedicar uma série intercalada de entrevistas a uma parcela singular de cabeças pensantes. Podemos incluir à lista publicitários, jornalistas, professores, especialistas em Marketing, cineastas, músicos, artistas, arquitetos, profissionais liberais, empreendedores, executivos, entre tantos. Muitos não escolheram a profissão, mas foram escolhidos por ela e trilharam um caminho inverso para encontrar o ponto de equilíbrio e ser verdadeiramente feliz com o ofício. Talvez por lhes exigirem extrema discrição, competência e dedicação, eles aparecem pouco ou quase nada, contudo, fazem o impossível para que os outros brilhem, seja através de uma imagem, um texto, uma logomarca, um produto, um filme publicitário, uma trilha sonora ou um evento. Nosso primeiro convidado, em Carreira & Cia, é um gênio paranaense e curitibano atípico, talento da comunicação corporativa no Brasil, contador de histórias e causos, escritor, publicitário, palestrante Eloi Zanetti.

Como foi a escolha do seu trabalho?

Em 1968 me preparei e passei em dois vestibulares de Engenharia, um deles no ITA, mas não prossegui. Minha intuição era de que seria um péssimo engenheiro. Desde pequeno eu sabia que queria trabalhar com a comunicação escrita. Abriu o vestibular para Jornalismo na Católica na segunda turma – estudei uma noite e passei- fiz até o segundo ano. Logo me empreguei como redator de publicidade e comecei minha carreira de publicitário – isso num tempo em que era difícil explicar o que a gente fazia.

Decidiu não continuar os estudos formais e ser mais autodidata?

Iniciei mais dois cursos universitários e desisti no segundo ano de Administração e Economia. Segui o conselho do Mark Twain  – Não deixe a escola atrapalhar os seus estudos. Já que comecei em comunicação, pensei: vou entender de tudo nesta área e fui fazendo cursos, frequentando palestras, seminários, etc. Assim fui me preparando, estudando sempre – o que faço até hoje. Os romanos têm um ditado. Aqueles que não seguem os seus destinos, fatalmente serão conduzidos por eles.

Parece que não é tão simples amar o que faz. O que acha?

Apesar do muito trabalho, do estresse da profissão eu sempre gostei do que faço. Nunca tive um dia entediante na minha vida profissional. Viajei muito, conheci pessoas fantásticas, convivi com gente inteligente. Hoje, quando me dedico mais a arte da escrita, entrei em uma área de muita concentração e trabalho árduo e solitária. Mas depois que o texto fica pronto, eu digo, valeu a pena. Ouvir depois de um longo tempo que um texto teu alterou a vida de uma pessoa ou de uma empresa para o bem é uma das melhores recompensas.

 

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