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Profissionais com deficiência dependem de RHs e líderes preparados

O mercado de trabalho é altamente competitivo em todos os níveis e segmentos. A cada dia os profissionais são mais exigidos em termos de capacidade de realização, produtividade, conhecimento, atualização, inteligência emocional, comunicação e tantos outros pontos. Para a pessoa com deficiência, este quadro se agrava ainda mais.

Mesmo com a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91), ainda é nítida a exclusão no mercado de trabalho. No Brasil, temos 45,6 milhões de pessoas com deficiência e, em 2010, de acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais da metade da população ativa com alguma deficiência estava desempregada. De acordo com a consultora Dolores Affonso, com altos índices de desemprego e seleções cada vez mais rigorosas, é essencial que as pessoas com deficiência (PcDs) e necessidades especiais (PNEs) estejam cada vez mais qualificadas e preparadas para lutar pelo seu espaço na carreira que sonharam.  Muitas empresas ainda acreditam que esses trabalhadores são sinônimos de aumento de custos e redução de produtividade, o que é um grande engano.

Ao se contratar uma pessoa com deficiência, mesmo não havendo um programa de inclusão, empresários, profissionais de Recursos Humanos (RH) e líderes devem estar engajados para que esses profissionais possam colocar em prática todo o seu potencial, tornando-se produtivos e gerando resultados como qualquer funcionário. Muitas vezes obtêm resultados acima da média pela sua dedicação e força de vontade em se superar. O oposto também ocorre, mas muitas vezes em decorrência de um ambiente hostil, inadequado e sem acessibilidade, afirma a consultora, especializada em designer instrucional. Diante disso, é preciso reconhecer as diferenças, identificar sonhos, necessidades, limitações, potenciais, habilidades, como com qualquer funcionário e equipe, e promover as ferramentas adequadas para que cada um possa dar o melhor de si.

Um exemplo simples ocorre quando temos um deficiente visual na empresa e observamos que nada é adaptado às suas necessidades, mantendo-se materiais impressos sem o uso do braile, computadores inacessíveis, falta de avisos sonoros e táteis, etc. Se a empresa adotar ferramentas adequadas, como leitor de telas, piso tátil, corrimões etc., proporcionará as mesmas condições e oportunidades, permitindo que ele exerça sua função e atividades de forma a gerar os resultados que a empresa precisa, alcançando metas e objetivos.

Cabe ressaltar que a maioria das adaptações é simples e de baixo custo, garante Dolores. É de extrema importância, portanto, que os líderes estejam preparados para agir de forma inclusiva, integrando cada membro da equipe, identificando as diferenças e aproveitando a diversidade em prol do todo, completa.

 

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