Dizer que é favorito não significa afirmar que vai ganhar o jogo ou o muito menos o campeonato. Desta forma, o discurso subjetivo e passional embala o imaginário editado pelas opiniões na boca do povo e também otimizado pela crônica esportiva. Mas o palpite é livre e como diria Armando Nogueira, critique sem ofender e elogie sem bajular.
Quando a bola rola num jogo valendo três pontos, numa noite gelada, por exemplo, a expectativa supera a realidade e tudo pode acontecer. Então, de repente, o favorito começa a se transformar em vilão. A defesa, o meio-campo, os atacantes, os esquemas táticos, enfim, todos estão lá, correndo e dividindo lances ríspidos e por vezes constrangedores, parecendo ouvir da bola pedidos de socorro. Em tese, por melhor que façam, são passiveis da dinâmica do jogo e, portanto, do crivo da galera. Quando não há futebol, a torcida reclama e xinga muito. Claro, a crônica especializada não perdoa.
Após a primeira derrota na temporada, pelo Brasileirão da Série D, o técnico Gerson Gusmão já começou a ser questionado nas cercanias alvinegras. Ninguém é o dono da verdade, mas com um campo castigado pela chuva, obviamente o jogo aéreo seria, sim, a melhor opção. Mas, não deu certo. A defesa, então sólida do Operário Ferroviário, tomou um gol de bola parada na derrota para o São Paulo de Rio Grande, na segunda rodada do Brasileirão.
Na largada da segunda fase da Segundona, contra a frágil Portuguesa Londrinense, valeu pelos três pontos, mas faltou futebol. Mas, numa fração de minutos o Fantasma saiu do purgatório e foi para o céu. Nada como um gol para mudar tudo…saiu até o segundo.
Como cada jogo é uma história, agora tem o XV de Piracicaba pela frente, novamente em Vila Oficinas. Com certeza será mais uma nova história e acredita-se, contra uma equipe mais competitiva. Olhos atentos e microfones abertos aguardam ansiosamente pelos novos lances. Obviamente, o calor da torcida alvinegra será fundamental.
