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Metalúrgicos decidem hoje sobre greve


GREVE
Mauro Pereira: sindicato quer abertura de negociação com a Hubner

O sindicato dos Metalúrgi­cos de Ponta Grossa marcou para as 7 horas de hoje nova assembleia com os cerca de 600 trabalhadores da Fundição Hubner (duas plantas na cidade). Eles irão decidir sobre a deflagração da greve. Os colaboradores pedem reajuste salarial e melhorias em cláusulas sociais. A empresa alega que não tem condições de reajustar os salários em 12%. Se a decisão for pela paralisação os funcionários cruzam os braços ainda nesta manhã.

De acordo com o presidente do Sindicato, Mauro Cesar Carvalho Pereira, a fundição teria realizado uma reunião com os empregados no início da tarde de ontem e feito ameaças. “Disseram que não acatarão a pauta de reivindicação e ameaçaram suspender as férias e cortar a cesta básica. A empresa está fazendo pressão e justificando que em Curitiba mantém montadora e em Ponta Grossa fundição”, conta. Na terça-feira, o presidente do Grupo Hubner, Nelson Hubner, disse em entrevista ao Diário dos Campos que o reajuste salarial em Curitiba é maior (10,8% concedido) em razão de se tratar de uma montadora da empresa. As metalúrgicas – no geral – no Município concordaram em reajustar os salários em 9% (reposição da inflação e aumento real), porém a negociação entre o Sindicato e a Hubner é diferente devido à existência de outras unidades do Grupo na capital, explica o Sindicato.

Ontem, Mauro reforçou que quem tomará a decisão sobre a greve são os próprios trabalhadores. “Todos receberam um comunicado. O indicativo de greve foi votado. Se fora da vontade deles vamos fazer a paralisação”, frisa.

Mauro diz que a pauta de pedidos não consiste apenas em cláusula econômica, mas social. Uma delas se refere à cesta básica. “Para ter direito o trabalhador não pode ter falta superior a quatro horas no mês. Acontece que tem uma gama grande que está trabalhando doente para não ter o prejuízo econômico. É um fato sério e a empresa não está levando em consideração. Queremos ampliar de quatro horas para um dia”, fala. “É uma cláusula social e cadê a responsabilidade social da empresa?”, questiona Mauro.

A expectativa do Sindicato era receber uma contraproposta da empresa até as 17 horas desta quarta-feira. “Não queremos a greve. Nossa esperança é abrir a negociação. Queremos uma discussão séria com relação à pauta de reivindicação. Se a empresa não negociar vai nos obrigar a paralisação”, fala.

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