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Jornal noticia descoberta de petróleo em Ponta Grossa

Notícia mobilizou técnicos em 1938, que acabaram constantando que substância não era petróleo; mas o burburinho foi intenso

Imagem ilustrativa / CBFA / Divulgação

Em 08/12/1938, o jornal curitibano “Diário Popular” noticiava a descoberta de um veio de petróleo em Ponta Grossa. O ouro negro minara dentro de um poço d’água na residência de Januário dos Santos, nas cercanias da cidade. O poço, completamente esgotado, continuou a verter a substância escura ou a “nafta” como era chamada na época.

Petróleo em Ponta Grossa?

Tal notícia espalhou-se rapidamente e a Standard Oil Company, atenta empresa norte-americana, apressou-se a mandar técnicos. Vieram para constatar a alardeada ocorrência e verificar as possibilidades econômicas de extração do produto. O resultado, no entanto, frustrou a todos. Porque os funcionários enviados negaram que se tratasse de petróleo. No entanto, afirmaram a existência de indícios geológicos de sua ocorrência em alguns pontos localizados nos arredores.

Cartas, porém, continuaram a ser remetidas ao dito periódico, afirmando que cada balde de água produzia cerca de 200 gramas de petróleo bruto. E os capitalistas locais já se aprestavam na fundação de uma Companhia para explorar a mina recém-descoberta, ou a jazida petrolífera de Ponta Grossa.

Mas tudo isso foi um breve sonho que agitou os ponta-grossenses, e mais especialmente o pobre do sr. Januário. Este, além de incômodos e de esperanças desfeitas, ainda precisou abrir uma outra cisterna. Porque, afinal, era de água que precisava e não de petróleo…

Frederico Valdemar Lange

A propósito, é de se evocar o nome do importante cientista brasileiro Frederico Valdemar Lange. Nascido em Ponta Grossa no ano de 1911, desde jovem, a par do trabalho na casa de comércio de seu pai Rudolph, dedicou-se à Geologia e à Paleontologia.

Em estudo feito pela UEPG, à testa Élvio Pinto Bosetti e colegas, consta que Lang percorria de motocicleta todos os Campos Gerais. Pesquisava ocorrências em seu solo, sempre motivado pela formação geológica da região e pela presença de fósseis. Eram restos de invertebrados marinhos assentados, em grande parte, sobre folhelhos argilosos do Devoniano.

Em função de seus estudos exaustivos, dos diversos cursos que frequentou e de suas inúmeras publicações, Lang é nome reconhecido internacionalmente nessas importantes áreas. Graças aos seus conhecimentos na questão de combustíveis fósseis, foi ele convocado para atuar nos quadros da Petrobras. Na empresa, ascendeu aos mais importantes postos. Isso tudo, sem contar a sua participação na fundação da Sociedade Ponta-grossense de Amadores de Astronomia, do Centro Cultural Euclides da Cunha e da doação de materiais fósseis para a composição da seção de Geologia e Paleontologia do Museu dos Campos Gerais.

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