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Após a freguesia, o Município e a Vila de Ponta Grossa

Instalada a Freguesia, os líderes locais continuaram a lutar em prol da completa autonomia do antigo pouso de tropeiros que já contava com duas Companhias de Cavalaria da Guarda Nacional, um Cartório Distrital e um Juizado de Paz. A encorpar essas reivindicações, a Assembleia Provincial de São Paulo, além de dividir Castro em cinco distritos administrativos, criou a figura do subprefeito nessas unidades, sendo nomeado, em Ponta Grossa, Benedito Mariano Ribas para o cargo. 

Restava, agora, a conquista do status de Município que também acarretava o de Vila, não obstante o desinteresse da Câmara castrense em encaminhar à Assembleia paulista os pleitos formulados por pessoas como Ignácio Manoel Ferreira e Domingos Ferreira da Rocha Carvalhaes.

Foram vários anos de espera que, ao fim e ao cabo, valeu a pena porque a Freguesia, então 4º Distrito de Castro, progredia a olhos vistos, não apenas pela contínua chegada de novos moradores, de estâncias que se multiplicavam nas antigas sesmarias de Diogo Costa Rosa, do comércio que gradualmente se expandia, do próprio núcleo urbano que, sem aguardar decisões oficiais, já assumia foros de cidade. 

Para reforçar a paulatina importância de Ponta Grossa, também contou o fato de, no mês de novembro de 1832, sediar o primeiro julgamento pelo Tribunal do Júri dos Campos Gerais e talvez de todo o interior do Paraná, com jurados vindos de Castro, Jaguariaíva, Conchas, Tibagi, Guarapuava, em sessão histórica presidida pelo juiz de direito da 5ª Comarca, dr. Agostinho Ermelino de Leão. Tratava-se de crime de homicídio praticado contra o advogado português Antônio José da Cunha Vianna, em Castro. Miguel da Rocha Carvalhaes, importante vulto da Freguesia, funcionou na acusação como Promotor ad hoc, conseguindo impor aos dois réus a pena de vinte anos de trabalhos forçados.

No entanto, para que os anseios dos ponta-grossenses fossem atendidos, foi preciso aguardar a criação da Província do Paraná em 1853. Zacarias de Góes e Vasconcelos, o primeiro Presidente, visitou a Freguesia logo depois de sua posse e concluiu que a sua elevação a Vila e Município era uma questão de justiça. Por isso, sobreveio a Lei nº 34, de 07/04/1855, que conferiu a Ponta Grossa sua completa autonomia. Quando dos atos de instalação do Município, em 06/12/1855, também foi empossada a primeira Câmara de Vereadores, composto por Joaquim Procópio de Souza Castro (Presidente), Francisco Martins de Araújo, Jeremias Álvares Carneiro, Alexandre Ferreira da Rocha Carvalhaes, Frederico Martinho Bahls e Cândido Xavier de Almeida Souza. 

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