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Futebol nacional vale reflexão sobre síndrome de vira-lata

Fabrício Ribeiro

Dia desses, me deparei com uma discussão sobre a relevância do campeonato brasileiro de futebol  em relação aos europeus. Logo de cara, ouvi que na Europa o nível é mais alto. É lá que estão os melhores do mundo. Portanto, os campeonatos seriam o melhores do mundo – claro, isso nos principais centros do velho continente. Mas, por outro lado, vale a reflexão sobre a tal síndrome de vila-lata.

Alguns detalhes tornam o nosso certame único no mundo. Em primeiro lugar, antes mesmo de entrar em campo, os clubes brasileiros têm outro grande campeonato, que fica por conta das viagens. Só no Brasil um time voa quase  4 mil quilômetros, como é a distância entre Porto Alegre até Recife, e por aí vai. Depois dessa maratona logística, cada Estado tem pelo menos um ou dois grandes clubes capazes de chegar entre os primeiros e ou até conquistar o título.

Os quatros grandes do Rio de Janeiro e de São Paulo já foram campeões brasileiros, como os dois grandes do Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, além de outros do Nordeste que já chegaram lá. Algo bem diferente do Espanhol, por exemplo, onde há aquele revezamento entre Real Madrid e Barcelona, há décadas.

Vivemos sim numa outra época, de transformação, mas ainda somos os maiores vencedores do planeta entre seleções nacionais. É a terra de Pelé e Cia e continuamos a exportar jogadores sem parar. Claramente, temos tudo para sermos o melhor e mais competitivo campeonato do mundo. Mas para isso, precisamos voltar a ser mais brasileiros…

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