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EMPREGO SEM CHANCE

Gostaria de refletir, sobre a questão do emprego ou sua ausência, em nossa Cidade de Ponta Grossa. Com muitas indústrias, comércio variado e forte, agricultura e pecuária, mercados enormes, e ainda percebemos gente, fora do círculo vicioso, da sobrevivência diária.

A informalidade, tem sido a alternativa, de vários pais e mães de família. Sabemos que são trabalhadores, sem qualquer cobertura previdenciária, seguros e outros direitos. Ao sairmos pelas ruas e calçadas, percebemos diferentes produtos, sendo comercializados, desde doces e salgados, brinquedos, bijuterias, cigarros, jogos e DVD pirata. Até gorros, meias e luvas, para aquecer os que sentem frio, estão disponíveis nas calçadas e bancas improvisadas. Sem falar, nas “semaninhas” de pano de prato, nos semáforos ou dos “garçons” esperando os sedentos e famintos. Dos que fazem malabarismos, ou montam pequenas orquestras, aos pedestres e motoristas. O que vale é a moedinha ou nota amassada de valor financeiro, no final da apresentação.

É a maneira, pela qual, todas estas pessoas, acharam para sobreviver, neste mundo desigual e contraditório. Todos os dias, centenas de homens e mulheres, de diferentes idades, passam pela Agência do Trabalhador, na busca incessante e desesperada, por uma vaga. Um sonho a ser realizado. Atualmente, só um pesadelo e nada mais.

 O que mais me entristece, é saber que o poder público municipal, em administrações anteriores, ao contrário, de apoiar a empregabilidade, ainda atrapalhou. Exemplo disto, são as lojinhas, em frente ao Terminal Central de Ônibus, as quais vendiam salgados e café. Construídas e destruídas, em pouco tempo de existência. Dizem os mais “estudiosos”, que deixavam feia a região. E agora, será que está muito bonita? É só olharmos a Rua Fernandes Pinheiro, logo ao lado, que veremos toda a sorte ou azar, de comércio tenebroso ambulante. Até linguiça, encontramos no meio da rua, pendurada ao lado de camisetas futebolísticas coloridas, de mel e derivados, do famoso pão caseiro ou do churrasquinho “felino”. Nada contra, pois do jeito que as coisas caminham, tudo vale a pena, se a nossa vontade não for pequena.

 E o tão falado, e divulgado Polo de Confecções? Não podemos dizer, que ficou na história, pois não entrou na pauta de realizações. Bandeira de campanhas eleitoreiras somente e nada mais. É triste, mais uma verdade. O povo ficou só na vontade, de ver aquele terreno grandioso, na beira da BR-376, servindo para trazer o sustento de gente batalhadora.

Dias atrás, lendo uma matéria a respeito, da questão do emprego a nível nacional, fiquei arrepiado, com a palavra “desesperançosos”, pois também, foi inserida em estudos, sendo aqueles trabalhadores, que estão a mais de sete anos, sem uma chance, perdendo todas as esperanças. Carteira assinada uma utopia apenas.

Penso eu, que a palavra do momento é profissionalizar. Os cursos técnicos estão espalhados, nas suas diferentes áreas de atuação. Quem tem vontade, precisa ser capacitado. Nem todos conseguem entrar na universidade, mas existem outras possibilidades. O que não podemos, é ficarmos esperando sentados. É preciso ir a luta.

Quantos sobrevivem, de pequenos artesanatos, por exemplo, mas não possuem um local adequado, para divulgar o seu trabalho. Enquanto isto, prédios públicos apodrecem e desmoronam.

Algo precisa ser feito urgentemente, pois a criminalidade, violência e outras coisas são resultantes, em parte, da falta de emprego. E não adiantará dar o peixe pronto. É melhor ensinar a população a pescar o seu próprio sustento e de sua família.

É para pensar e agir. Uma ótima semana aos leitores!

“A melhor maneira, de abrir vagas, é fechar as portas da falta de vontade política, do bom senso ausente, da inércia das instituições, e principalmente, de respeitar os seres humanos como realmente merecem e precisam.”

(Emerson Pugsley)

 

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