Teoria é uma coisa, prática é outra
Não se deve perder tempo discutindo se é justo ou não, um chefe se aproveitar do funcionário que é competente e, muito menos, se deve perder tempo discutindo o quanto se é usado para que a empresa atinja seus objetivos. Um verdadeiro foco de análise que o profissional deve fazer é descobrir o quanto ele está se aproveitando da empresa onde trabalha. Isto é simples na teoria, mas muito difícil na prática. Simples porque não há nada mais óbvio que o profissional não se deixar influenciar pela gestão que é opressora, ou como dizem por aí, que costuma sugar os funcionários.
Interferência do orgulho
Teoricamente todos sabem que devem manter o seu comportamento independentemente do perfil da chefia. Difícil na prática porque muitos profissionais costumam permitir que o orgulho ferido interfira no trabalho. O leitor já deve ter tido a oportunidade de ouvir comentários como: Olha, eu bem que tentei manter a classe, mas a paciência tem limites. O problema é ainda piora quando o colega aconselha a esquecer que aquela situação existe, dizendo que você deve se concentrar apenas no trabalho. Como esquecer ou deixar de encarar uma situação onde se foi tratado injustamente? Ocorre que o erro está em justamente querer esquecer. Isso é o mesmo que tentar esconder o sol com a peneira.
Uma questão de decisão
A recomendação para transformar a teoria em prática é mudar o olhar que se tem sobre o problema. Em vez de esquecer deve-se encarar a situação com firmeza, porém de outra maneira. Em vez de reduzir o seu desempenho para não se sentir mais um burro de carga na empresa, passe a chamar para si todas as responsabilidades que lhe cabem. Não se trata de uma estratégia suicida, mas sim de manter o equilíbrio com a sua essência profissional, com aquilo que se faz de melhor. De forma prática essa é a hora onde o indivíduo tem de decidir se trabalha para agradar a si mesmo ou trabalha apenas para agradar aos outros.