Uma questão de tempo
Quando se trata de gestão de pessoas no meio corporativo há uma regra fundamental que todo gestor não pode esquecer: não se consegue mudar, em pouco tempo, uma situação que levou muito tempo para ser construída. Em outras palavras, se uma determinada situação problema levou alguns meses ou vários anos para ser construída dentro da empresa, não é você, em apenas alguns dias, que vai conseguir mudar a parte mais importante do processo, a cabeça, o pensamento das pessoas.
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Outro olhar
Todo profissional que trabalha em uma equipe acaba assimilando alguns procedimentos como sendo de caráter automático. É assim quando se bate o cartão-ponto ao chegar na empresa, quando se atende o telefone dizendo o nome e desejando um bom dia; e também quando se acostuma com alguns privilégios, que foram concedidos pelo antigo gestor, agora cortados pelo novo gestor. É comum que as pessoas se revoltem e lutem contra, que tente de alguma maneira manter os privilégios conquistados no passado, ainda que esses privilégios sejam entendidos pelo novo gestor como meros vícios de comportamento, como aquele tempo estendido para fazer o lanche no período da tarde.
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Coerência
Se o tempo legal, autorizado, é de quinze minutos, mas durante vários anos usaram-se vinte ou vinte e cinco minutos no lanche, é comum que agora o novo gestor deseje colocar as coisas em ordem. E é comum também que a equipe tente lutar para que aquele direito continue sendo mantido. Por isso, se você for o novo gestor de uma equipe que tem vários vícios criados pelo seu antecessor, não queira mudar o mundo em apenas alguns dias. Em vez disso, concentre-se em eliminar apenas um vício de cada vez, diminuindo assim o trauma e aumentando a taxa de sucesso.
(Luciano Salamacha)