Acompanho futebol desde o finzinho da década de 1970. Sou do tempo em que quando a bola batia no braço era mão. Interpretação ? Um pouco mais além, não havia mais impedimento na mesma linha. Hoje os bandeirinhas (auxiliares) são reféns dos centímetros virtuais do tira-teima. Tudo se apresenta como um grande playstation real.
De fato, o futebol mudou. Aquele jogo de habilidade e malícia, evidenciado por Nelson Rodrigues, a cada dia deixa os fãs de Fio Maravilha decepcionados. Ao que parece, o futebol brasileiro perdeu sua identidade. Na era digital, resume-se a praticar esquemas táticos defensivos, alinhavados com informações para então formar um time de super atletas programados e não mais com jogadores de futebol.
Comissões técnicas dissecam dados e mais dados e o foco limita-se a avaliar quem cumpriu tal função tática e marcar como um cão. Mas e a bola? Cadê os fundamentos bem executados? O drible atrevido? Atitude no ataque? Chegam até ser proibidos. Nesse caso, como diria Parreira, o gol é um detalhe.
É proibido comemorar com a torcida. Não se pode abrir a boca dentro e fora de campo e muito menos tentar cavar uma falta (politicamente incorreto). Árbitros e treinadores se tornaram as verdadeiras estrelas nas mesas redondas. Hoje tem até comentarista de arbitragem! Supra sumo é ir jogar no Barcelona. Então… 7 a 1 e toca o barco! Feliz de quem viu o nosso bom e velho futebol. Boa sorte ao técnico Claudemir Sturion e ao Fantasma!