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Dr. Colares

 

A educação e a cultura em Ponta Grosa estão ligadas há muito tempo a um endereço: a esquina das ruas Augusto Ribas e Dr. Colares. Ali está o belo prédio do Centro de Cultura. Construido para ser a residência de Amando Cipriano da Cunha, foi comprado pelo governo do estado em 1927 para a instalação do então Ginásio Regente Feijó, que ali permaneceu por 12 anos. Mais tarde, este também seria o primeiro endereço do Instituto de Educação Cesar Prieto Martinez. Bem antes, nesta mesma esquina, funcionou o Teatro Santana, o primeiro de Ponta Grossa, inaugurado em 1876. Nele se apresentavam companhias vindas do Rio de Janeiro e até do exterior. A educação e a cultura também fazem parte da história da família Colares.

Agostinho Martins Colares era carioca. Chegou a Ponta Grossa viúvo, com 4 filhos, para assumir o posto de juiz municipal em 1865. Mas logo depois deixava seu cargo para se dedicar à educação. A Freguesia de Ponta Grossa já existia há 40 anos, mas não tinha escolas. Uma tentativa de se instalar uma escola municipal fracassou. Depois de meses de atraso nos salários, os professores abandonaram as salas de aula. A primeira escola de que se tem notícia era particular. Funcionou a partir de 1866 na casa de Dona Zulmira Maciel. No ano seguinte, Dr. Colares abriu uma escola primária na Rua Augusto Ribas, com pátio, jardins e pomar, numa área de 6000 metros quadrados. Na equipe de professores estava seu filho Jose Martins Colares (Nhonhô Colares). Em sociedade com Tristão Cardoso de Menezes, abriu mais uma escola: o Colégio Instituto Paranaense, na Rua São João, hoje Rua Cel. Dulcídio. Ali se ensinava português, latim, francês, geografia, aritmética e geometria. Dr. Colares casou-se pela segunda vez com Ubaldina Francisca Ferreira, que lhe deu mais um filho: Manoel Cyrillo Ferreira, que foi advogado, promotor público, músico, maestro e durante 50 anos secretário da Prefeitura . Nhonhô Colares foi gerente do Teatro Santana. A banda do teatro era a Aurora Pontagrossense, regida por seu irmão. Em 1936, Manoel Cyrillo escreveu o primeiro livro contando a história de Ponta Grossa. História em que seu pai , Dr. Colares , tem lugar de destaque.  


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