Sem manipulação
Quando se fala que o empresário deve ter coragem para dizer não e, portanto, perder um cliente que só gera prejuízo, algumas pessoas podem achar que é uma situação óbvia demais, que é fraqueza do empresário, e que na verdade isso não é nem tema para se discutir numa coluna de jornal. Entretanto, na prática, há várias maneiras com que um cliente deficitário, um cliente que só gera prejuízo, acabe constrangendo a empresa a evitar dizer-lhe não. Esse cliente ainda tem habilidade para forçar a empresa a continuar oferecendo e fornecendo seus produtos, baseado numa coisa muito simples: promessas e mais promessas.
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Sem promessas
É assim que o cliente deficitário faz para se manter abastecido pela empresa que, constrangida, acaba acreditando nas promessas. Veja o exemplo do meu amigo que tinha uma pequena indústria e vendia para grandes organizações. Essas empresas clientes percebiam que tinham o poder de barganha perante o meu amigo e, por consequência, forçavam sempre um preço muito baixo, prometendo que no futuro, com mais volume, poderiam recompor o preço e aí sim falariam a respeito de rentabilidade e parceria.
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Cumprir o que promete
Entretanto, quanto mais o meu amigo cedia, mais eles pediam, até ele perceber que estava quebrando. Ao falar que não tinha mais condições, o cliente decretou a sua falência dizendo-lhe que então não compraria mais nada e que iria pagar da maneira que quisesse. Não preciso dizer que essa pequena empresa do meu amigo faliu e o motivo foi acreditar demais nas promessas que o cliente fez. Desta forma, preste atenção. Clientes bons são aqueles que fazem promessas e as cumprem, já os clientes maldosos, os maus clientes, são aqueles que prometem, prometem, e prometem. Para a coluna Visão Empresarial
Luciano Salamacha