Dividindo a acessibilidade
Uma das dificuldades inerentes àquela pessoa que cresce na empresa, que assume um cargo de gestão geral do negócio é entender quais são as suas atribuições na estrutura funcional de uma empresa. Exemplificando, tem-se o José, um funcionário que sempre foi competente e dedicado. Em 20 anos de carreira, primeiro foi promovido a chefe do setor, depois a gerente de uma determinada área e por fim, gerente geral da fábrica. Nesta posição o José começou a enfrentar um problema. Ele queria ser acessível a todos os funcionários da empresa, quase 2000 pessoas.
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Olhos e ouvidos atentos
Ao mesmo tempo, José queria preservar a hierarquia para evitar que os funcionários quisessem levar-lhe problemas pequenos. Ele teve muita dificuldade até entender que para crescer se deve abrir mão de alguns privilégios. Você já deve ter ouvido falar de grandes líderes que circulam pela empresa, ouvindo todos os funcionários. Essa é uma prática recomendável e merecedora de elogios. Entretanto, poucos percebem que quando o líder, o gestor principal circula pela empresa com algum tipo de pedido, ele não sai logo deliberando, tentando resolver.
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Diplomacia
A resposta costuma ser sempre a mesma: entendi seu pedido e vou falar com seu superior. Depois, numa sala fechada, numa reunião reservada, ele pergunta aos gestores por que aqueles funcionários estão algo que já deveriam ter recebido uma resposta negativa ou deveriam ter sido atendidos. Por isso, não confunda ser acessível com a necessidade de ter de resolver sozinho cada questão que os seus funcionários lhe trouxerem. A função como gestor principal é ouvir e jamais resolver esse tipo de problema.
(Luciano Salamacha)