Falha na auto-avaliação
Responda rápido: qual a pessoa que você conhece que, quando é portadora de um problema, tem plena consciência disso e ainda tem um diagnóstico perfeito para resolver essa questão? Percebeu que normalmente é difícil para uma pessoa e também para o profissional identificar claramente onde está o seu problema, onde está errando, onde está falhando? É por isso que no meio corporativo é tão importante a presença do feedback, ou seja, a presença da devolutiva por parte da alta gestão, por parte da chefia imediata, sobre como está o comportamento da pessoa.
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Sem perceber onde está errando
Se a pessoa, o profissional, não tem plena consciência sobre os problemas que vem apresentando no ambiente de trabalho é evidente que não irá concordar com a solução proposta pela empresa. Voltar a estudar depois de tantos elogios que tenho recebido por conta do meu desempenho é desviar a atenção que eu tenho ao meu trabalho para achar que numa sala de aula irei aprender mais. Note, a grande questão é que a pessoa não consegue vislumbrar onde está errando, onde está deficiente na atuação na empresa. Ao contrário, a pessoa que se nega a voltar a estudar demonstra certa segurança em excesso. Ela acredita que é praticamente indispensável na empresa e que não há fonte de conhecimento que seja maior que a dela.
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Feedback claro
Portanto, nessas horas é importante que, em primeiro lugar, a gestão identifique se não vem falhando sistematicamente na hora de gerar o feedback real, verdadeiro, sobre o desempenho da pessoa. Se isto estiver acontecendo, antes mesmo de querer estimular a pessoa a voltar a estudar é importante que a gestão estude um pouquinho mais como deve fazer o feedback para que o exemplo venha de cima e a pessoa entenda que a empresa quer apenas auxiliar e não punir. Aliás, quando alguém quer ajudar, oferece soluções e quando desiste da pessoa, basta demiti-la.
(Luciano Salamacha)