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Será a Fisioterapia a Profissão do Século?

Foto ilustrativa freepik

Diante de um mundo voltado para a tecnologia, onde imperam recursos cada vez mais avançados na execução de processos virtuais, a assistência voltada à humanização no atendimento das pessoas, vem se destacando em uma profissão específica: a Fisioterapia.

Nos últimos anos, tem havido um aumento significativo no reconhecimento pela prática da Fisioterapia. Com abordagem científica e foco na recuperação funcional, muitos argumentam que a fisioterapia está se tornando a profissão do século.

A fisioterapia é uma profissão multifacetada que aborda uma ampla gama de condições de saúde. Suas práticas abrangem desde o tratamento de lesões musculoesqueléticas, doenças crônicas e neurológicas, até cuidados e tratamentos estéticos. Utilizando abordagens baseadas em evidências, os fisioterapeutas promovem a recuperação e o bem-estar dos pacientes. Estudos têm mostrado que intervenções fisioterapêuticas eficazes podem reduzir a dor, melhorar a mobilidade e prevenir complicações associadas a várias condições de saúde.

O movimento humano é o objeto de trabalho do fisioterapeuta, utilizado para tratar e restaurar a função física e, desta forma, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Com o uso de técnicas avançadas como terapia manual, exercícios terapêuticos, eletroterapia e tecnologias de reabilitação, eles abordam problemas de saúde de maneira holística e individualizada. A ciência por trás da fisioterapia inclui a análise biomecânica e a compreensão dos mecanismos de dor e recuperação tecidual.

A fisioterapia respiratória, outra área crucial que tem ganhado destaque, é uma especialidade que atua diretamente no tratamento de doenças respiratórias, utilizando técnicas específicas para tratar e melhorar a função pulmonar, proporcionando a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Intervenções como exercícios respiratórios, técnicas de higiene brônquica e reeducação diafragmática são fundamentais para pacientes com condições agudas e crônicas e destacaram o fisioterapeuta como profissional essencial no tratamento e na reabilitação pós-COVID-19. Além do atendimento ambulatorial, o fisioterapeuta também desempenha um papel fundamental nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), integrando a equipe multidisciplinar, onde o médico é responsável pela intubação dos pacientes que necessitam de suporte ventilatório, enquanto o fisioterapeuta gerencia o ventilador mecânico, define os parâmetros ventilatórios, prepara o processo de desmame (retirada gradual do ventilador) e realiza a extubação.

Dentre tantas especialidades em que a fisioterapia atua, com o envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas, há uma demanda crescente por serviços de reabilitação e cuidados preventivos. Pesquisas indicam que a fisioterapia pode reduzir a necessidade de intervenções cirúrgicas e o uso de medicamentos, promovendo alternativas mais seguras, econômicas e eficazes para a gestão da saúde, além de tratamentos menos agressivos para os pacientes.

Além disso, a crescente ênfase na promoção da saúde e no bem-estar tem colocado os fisioterapeutas no centro das discussões sobre prevenção de lesões, condicionamento físico, estética, estilo de vida saudável e combate ao sedentarismo e todas as doenças que são consequências deste.

Seja trabalhando em hospitais, clínicas, escolas, empresas ou em equipes esportivas, os fisioterapeutas desempenham um papel cada vez mais importante na promoção da saúde, na prevenção, no tratamento e na reabilitação de doenças, realizando assim a assistência integral do indivíduo.

A integração da fisioterapia em equipes multidisciplinares de saúde também tem se mostrado fudamental para o tratamento eficaz de condições complexas, proporcionando uma abordagem coordenada e abrangente para o cuidado do paciente.

No entanto, é importante reconhecer que o sucesso da fisioterapia como profissão não acontece por acaso. Requer um compromisso contínuo com a educação, a pesquisa, o desenvolvimento profissional e a defesa dos interesses da profissão. A evolução das práticas fisioterapêuticas depende de pesquisas rigorosas que validem novas tecnologias e abordagens, garantindo que os fisioterapeutas estejam sempre na vanguarda do conhecimento científico. Também requer uma assistência centrada no paciente, com ênfase na empatia, compaixão e cuidado individualizado.

Sendo assim, enquanto a fisioterapia continua a se destacar como uma profissão essencial e em crescimento, é importante lembrar que seu verdadeiro valor reside no impacto positivo que tem na vida das pessoas. Seja ajudando um paciente a se recuperar de uma lesão, gerenciando a dor crônica, promovendo um estilo de vida saudável ou melhorando a função respiratória, os fisioterapeutas estão fazendo uma diferença real e duradoura na saúde e no bem-estar da sociedade.

Portanto, sim, podemos considerar a fisioterapia como uma das profissões mais importantes e influentes do século.

Sobre a autora:

Cristiane Cristy Bulyk Veiga é Fisioterapeuta (PUC/PR 1994)
Especialista em Fisioterapia Aquática (COFFITO 2024)
Especialista em Hidrocinesioterapia (UTP 1997)
Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopedica e Desportiva (UTP 2001) e
Mestre em Tecnologia em Saúde (PUCPR- 2007)

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