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Rio+20

Jorge dos Santos Avila

 

 

 

Não há como estar no Rio de Janeiro em plena Rio+20 e não sentir-se um cidadão do mundo. Até o próximo dia 22 de junho, esta será a capital mundial e o desenvolvimento sustentável estará mais uma vez em debate.

Esse pode ser um tema difícil de definir, porém nada mais é do que um desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades atuais, sem comprometer que futuramente também se satisfaçam as necessidades do homem. Significa, portanto, que através de um uso inteligente dos recursos da terra, tanto as pessoas agora, como no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico. Em seu discurso, a presidenta Dilma definiu que a concretização do desenvolvimento sustentável pode ser traduzida em três palavras: “crescer, incluir e proteger”.

O grande problema reside na questão de que toda produção para suprir a demanda consumista, acaba por gerar, mais ou menos, algum tipo de impacto que vai refletir nos recursos cada vez mais escassos, como terra e água por exemplo. A população aumenta, gera mais demanda consumista, que gera maior produção, acabando por gerar cada vez mais impacto sobre os recursos escassos.

Vivemos num momento em que não dá mais para fazer as coisas como tradicionalmente são feitas. É preciso fazer e pensar de um jeito diferente. A maneira como se produz e se precifica as mercadorias precisam levar em conta o verdadeiro custo, que compõe também o custo ambiental. É preciso modificar a cultura de que produzir e comercializar sustentavelmente é caro. Na verdade o custo ambiental acaba por não ser contabilizado, o que gera essa interpretação errônea.

Porém, ficar assistindo e aguardando as decisões dos grandes líderes sobre esse tema não resolve. É preciso que essa mudança comece em nossas residências, no nosso local de trabalho, na nossa rua, no nosso bairro. Diminuir a quantidade de resíduos pode ser um início, tanto separando recicláveis de orgânicos, como optando por produtos com refis ou com casco retornável, eliminando assim uma quantidade menor de embalagens. Coletar a água da chuva ou da máquina de lavar para lavar carro e calçadas e consumir bens oriundos de empresas que causam menos impacto.

Praticar sustentabilidade exige ações menos egoístas. Exige que se pense nas gerações que estão chegando. Independente das decisões tomadas para o mundo, o envolvimento da sociedade organizada é essencial para que a cultura de sustentabilidade se estabeleça, pois mais que pensar globalmente, é preciso agir localmente.

 

 

 

 

O autor é bacharel em Administração e Acadêmico de Ciências Econômicas (UEPG)

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