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Ponta Grossa dos marcos históricos

Antônio José França Satyro

 

No cenário que compõe a beleza de uma cidade, existem aqueles que se destacam pela sua presença histórica, como um marco a lembrar dos importantes feitos de seu povo, assim como existem elementos que marcam determinados momentos da cidade, como uma antiga fonte luminosa, que se constituía em uma notável atração popular, apreciada por grupos de pessoas que vinham de cidades vizinhas, além de numeroso público ponta-grossense, que comparecia à Praça Barão do Rio Branco para assistir ao belo espetáculo de cores proporcionado pelo chafariz.

São aspectos e facetas da comunidade, que ajudam a marcar a sua história, constantemente lembrada por seus moradores mais antigos, transmitida de geração em geração.

No rol de memórias do passado, que acabam fazendo parte da história de Ponta Grossa, não podemos deixar de lembrar de organizações voltadas para a formação da população, como igrejas, escolas, entidades sociais, culturais e esportivas, que têm importante contribuição na formação do cidadão, preparando-o para a vida comunitária e o despertando para o sentimento pátrio.

São aspectos fundamentais, às vezes imperceptíveis, mas essenciais para a formação humana, pelo seu valor comunitário e patriótico.

Entre essas instituições imprescindíveis na vida da cidade, aparecem com destaque as organizações culturais, musicais, recreativas, esportivas, centros cívicos, grupos escoteiros e tantas outras, que precisam ser prestigiadas, valorizadas e apoiadas, pela real contribuição que proporcionam à formação e melhoria da comunidade.

Nesse contexto histórico, não podemos deixar de lembrarmos do Clube Guaíra, entidade centenária, orgulho da Princesa dos Campos, que desapareceu repentinamente, vítima de inexplicável incêndio, que apagou a flama dos seus associados e dos ponta-grossenses em geral, pela perda daquele tradicional e histórico clube princesino.

Mais uma vez, a garra e o espírito de luta do ponta-grossense prevaleceram, e um grupo de homens decididos, liderados pelo imbatível Urbano Caldeira, puseram-se a luta e reconstituíram o Clube Guaíra, ainda mais majestoso e em condições de ampliar o seu rol de ofertas culturais e recreativas, sociais e esportivas, para melhor servir Ponta Grossa.

Entretanto, coisas aconteceram que levaram o Guaíra a uma situação insustentável, levando o famoso clube à sua liquidação.

Certamente, a boa intenção e os bons projetos sempre têm o amparo da Providência Divina, e ao Guaíra não faltou não faltou essa intervenção, quando colocou a Prefeitura no rol dos interessado pela aquisição do edifício, através do ato do Prefeito Municipal Pedro Wosgrau Filho, evitando que o prédio fosse adquirido pela iniciativa particular, o que poria um fim definitivo ao Clube Guaíra.

Entendíamos que a intervenção municipal na aquisição do edifício do Clube Guaíra era a salvação e a esperança da continuidade daquela tradicional sociedade princesina e sentíamo-nos felizes e esperançosos.

Resta a Ponta Grossa, a expectativa do Poder Público Municipal, devolver ao Clube Guaíra o seu prédio, através de comodato, completando a obra salvadora e providencial do Município de Ponta Grossa.

 

O autor é professor universitário-congregado

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