O que o futuro nos reserva?: Você pode ver a história, perceber a história, estudar a história, passar por ela ou fazer a história. A escolha é opcional e totalmente livre, porém a consequência não. Há milhares de anos tudo era de todos e as disputas se davam pela força. O mais forte tinha preferência sobre o mais fraco. Porém, evoluímos, e desenvolvemos a linguagem e com ela a força bruta começou a dar espaço aos acordos verbais. A famosa palavra valia sobre todas as coisas.
Para se organizar e para que uma comunidade sobrevivesse era necessário contar com homens de palavra. Há cerca de 12000 anos desenvolvemos a escrita, e com ela desenvolvemos a burocracia. Muito mais que a palavra o que se valeu a partir de então foi a “letra”. O que está escrito tem preferência sobre tudo e todos.
Até hoje somos regidos por leis impressas, dinheiro impresso, acordos e contratos impressos. E até hoje parece que o valor maior está sempre na “letra de câmbio“. A letra que tem algum valor para troca, ou monetizável. Ainda difícil de entender, mas em franca evolução aparecem os algoritmos que ao que tudo indica já está substituindo a letra. As cripto moedas serão o fim ou apenas o começo de uma nova era. E com ela como serão as relações sociais e políticas? Como iremos controlar a população se não mais acreditarem na letra?
O futuro sempre foi incerto, porém a velocidade em que estamos fazendo nossa história é imensamente superior à nossa capacidade de entendê-la. Não são reflexões apocalípticas. São apenas reflexões. Necessárias ou não, também não sei dizer. Apenas acredito que a história está em franca transformação e de certa forma estamos perdendo um tempo valioso discutindo valores arcaicos que provavelmente não terão nenhuma valia depois de amanhã. Refletir é incomodar o pensamento. Espero ter incomodado o teu. O caminho existe, o caminho é ASSOCIAR, vamos trilhar.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo, formado em Filosofia e Administração
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