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O caminho do desenvolvimento

Ademar Traiano

 

 

 

O governo do Paraná firmou, no início da semana, um acordo de cooperação com o governo federal que garantiu recursos da ordem de R$ 3,4 bilhões para a construção de 70 mil moradias populares no Estado.

O acordo não é fruto de simpatia nem de afinidade ideológica. Resulta da apresentação de projetos bons e de vultosa contrapartida financeira do Estado. Com o acordo, o governo do Estado vai adiantar a meta – que já foi tida como muito ousada e chegou a ser acusada de irreal – de construir 110 mil habitações populares em quatro anos de governo. Essa meta é ousada, mas crível. Principalmente em se comparando com os oito anos do governo anterior, que entregou apenas 25 mil casas neste período. E muitas delas inacabadas, que foram concluídas pelo governo Beto Richa.

Com os recursos desse acordo, formalizado no último dia 23 de julho, serão mais de R$ 4,4 bilhões na economia paranaense. Além dos evidentes benefícios sociais para milhares de famílias que vão contar com a casa própria, essa poderosa injeção de recursos vai beneficiar e aquecer toda a economia do Paraná.

Apostar em empreendimentos que tenham elevado retorno social, combinado com grande capacidade de estimular a economia do Estado tem sido uma aposta recorrente e bem sucedida do governo do Estado. Está inserida nessa estratégia a decisão de investir R$ 800 milhões na recuperação, manutenção e melhoria de 12 mil quilômetros de estradas estaduais.

Na linha dos investimentos com alto impacto social, o governo do Estado está aplicando ainda R$ 2 bilhões em saneamento e água potável, até 2014. Saneamento básico e o fornecimento de água de boa qualidade à população, como se sabe, além do impacto econômico de um investimento desse vulto, tem resultados diretos na melhoria da saúde pública, na redução da mortalidade e na qualidade de vida da população.

Outro diferencial deste governo foi subverter os parâmetros sob os quais o Paraná viveu nos últimos anos. O capital produtivo, em especial o estrangeiro, que foi hostilizado e submetido a um regime de insegurança jurídica, passou a ser bem acolhido no Estado.

O próprio governador Beto Richa comandou a atração de investidores com viagens a Europa, Estados Unidos e a Ásia. O Paraná está recebendo R$ 17,4 bilhões em investimentos industriais o que colocou o Estado na contramão de indicadores negativos que começam a afetar a economia brasileira.

A produção industrial do Paraná cresceu 7% no ano passado, a brasileira ficou em 0,3%, segundo dados do IBGE. Nos primeiros cinco meses de 2012 a indústria paranaense foi a mais vigorosa. Enquanto o resto do Brasil começa a apresentar indicadores negativos o Paraná cresceu na geração de postos de trabalho, pagamentos de salários e horas trabalhadas.

Os empregos cresceram 3,6% enquanto a média nacional apresentou retração de -1,1%. Os rendimentos dos trabalhadores na indústria se expandiram em 10,8% contra 3,8% da média nacional e as horas pagas cresceram 1,8% contra uma queda de -1,7% no País. A criação de emprego industrial anual (acumulado em doze meses até maio de 2012) assegurou o primeiro lugar no Brasil (5,2%, ante –0,3% para o País).

Todos esses indicadores positivos não são casuais. O Paraná fez opções certeiras. Em lugar dos estímulos setoriais, que têm marcado os sucessivos pacotes do governo federal, o governo do Estado aposta em um estímulo linear, que beneficie a economia de uma forma global. Os resultados dessa estratégia indicam que o Paraná está no rumo certo.

 

 

 

O autor é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia

 

 

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