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Mensalão para todos os gostos

Ayrton Baptista

 

Até o momento a taça está com Delúbio Soares, que arrecadou mais de um milhão de reais para pagar a multa que lhe cabe na questão do mensalão. Claro, a sobra vai para o seguinte que criar um site e prosseguir na tarefa iniciada pelo ex-presidente petista José Genoíno.Os ministros do Supremo Tribunal Federal não estão gostando nada disso. Afinal, dizem, a multa não é para que todos participem ou deem o dizimo. Logo chega a vez de José Dirceu. Ou muito me engano ou Dirceu vai dar um show. Outro show. Vai arrecadar mais que todos os petistas. Afinal é o chefe, o antigo herdeiro de Lula, possivelmente deixado de lado pela sombra que fazia. Se faltar muito para bater todos os recordes, os amigos ricos e mais chegados, inclusive o próprio, farão contribuições generosas. Dirceu vai manter o posto de líder dos petistas, dos que participaram do mensalão e outros que são normais, digamos.

Enquanto isso, está por ter início a parte importante do chamado Mensalão Mineiro. Em julgamento o atual deputado Eduardo Azevedo, ex-senador, mas que como governador de Minas Gerais se viu envolvido ou envolveu gente durante seu mandato em 1998. Então, teremos para uma diversão acabrunhada os dois mensalões nas manchetes e nas entrelinhas até a apuração das eleições deste ano, pouco depois da Copa do Mundo.

Se a Copa já vai dar um trabalhão, já está dando, imagine-se os mensalões transitando pelo Brasil inteiro via veículos de comunicação. E não se critique a imprensa e seus colegas de penetração nacional e regional, localizados. É um prato cheio, destacar para a posteridade, com foto e tudo, claro, as figuras mais representativas do PT nacional e do PSDB mineiro, com reflexos na campanha dos tucanos. Tudo depende de se saber explorar politicamente. Lula e Dilma não querem saber de seus companheiros continuarem usando os meios informativos para se defender de uma questão já julgada pelo supremo.

Há, no entanto, os que não pensam assim e tem peso no PT. Dirceu, Genuíno, Delúbio, mais o pessoal agregado de outros partidos, esses querem levar a discussão até as eleições. E nós, aqui, simples eleitores, atentos, entretanto, vamos ter que aturar esse prosseguimento. Vai dar Dilma, Aécio ou Campos, felicidade para o vendedor (a). Mas, o importante mesmo, é que tenhamos uma campanha e uma eleição limpas. Sem pressões, sem caixa 2, ampla liberdade e , o eleito possa fazer as coligações mais estanhas como tem acontecido, mas que acima de tudo pense em resolver os problemas brasileiros, que são muitos. Que limpe a barra do Brasil com os vexames que estamos dando das vésperas da Copa do Mundo e que não mais sejamos pisoteados pela Fifa. Olha que a moda pega e daqui a pouco todo mundo estará molhando de xixi não só os nossos campos de futebol. Com certas pessoas não se brinca. E a melhor maneira é se impor com toda a autoridade e a expressão que o país tem.

O autor é jornalista

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