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Infância castigada

Inicialmente  devemos observar  as principais manchetes dos jornais, revistas, televisão e rádio. Quantas notícias envolvendo as crianças. Algumas boas, outras nem tanto. E quando olhamos, para a nossa cidade então, ficamos assustados e preocupados.

São meninos e meninas, lançados a própria sorte nas ruas e avenidas. Sem lenço nem documento, tentam sobreviver, em uma sociedade desumana e contraditória.

E a família destes onde está agora? A meu ver, penso que não está em lugar nenhum, pois a ausência, nesta fase principal da formação do caráter, é percebida por todos os habitantes.

Um dia destes, no período da noite, passava na frente de uma conhecida escola aqui da cidade, na região da Vila Estrela, quando percebi três meninos, os quais dependurados nas grades da escola, brincavam perigosamente. Com toda certeza, ali não era o local deles, naquela hora.

Precisavam de apoio, carinho e alimentação correta. Mas como já citei acima, vivemos na era das desigualdades e injustiças sociais. Muito se fala sobre a infância, mas pouco é efetivamente realizado em seu benefício.

Estou aqui escrevendo e lembrando todas aquelas crianças, que sofrem abusos, sejam eles emocionais, físicos ou sexuais, os quais deixam resquícios para toda a vida. E o pior, quando percebemos, que foi um integrante da própria família que cometeu a violência.

Recentemente, tivemos bem perto de nossa cidade, aquele caso macabro, da mãe que tirou a vida de seu filho e filha, na Colônia Santa Cecília. Uma noite, um ato impensado e duas crianças perdendo o direito de viver. Era para ser somente uma brincadeira de esconde-esconde. Mas o que foi escondido na prática, foram os sonhos destes dois seres humanos assassinados.

E no final de setembro, aquele caso da menina, a qual aguardava a van escolar, no jardim de sua casa, na região de Curitiba, quando foi surpreendida e estuprada ali mesmo. O monstro fugiu logo em seguida, em rumo desconhecido.

Inúmeros casos temos ouvido, de mães e pais, munidos de ripas com pregos, ferro quente, cordas e cintos, utilizados para espancar seus próprios filhos. Depois de presos, dizem -não sabia o que estava fazendo, era só para dar um susto. Estes pais e mães é que precisavam levar um susto.

E a escola como fica em toda esta situação? Um ambiente necessário para a formação intelectual, no qual o conhecimento é amplamente trabalhado. Mas temos visto abusos diversos lá também. Professores assustados e alunos violentos ou vice-versa.

Costumo sempre dizer, que devemos investir nas crianças, pois o futuro dependerá delas mesmas. É para refletir e mudar atitudes…

Emerson Pugsley é escritor

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