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Governo prepara medidas de impacto contra o crime

Ademar Traiano

O governo do Paraná prepara um pacote de medidas para atacar a criminalidade e melhorar a segurança pública no Estado. Na próxima terça-feira (16), o governador Beto Richa vai anunciar o plano de segurança pública do governo do Estado – o Paraná Seguro. A ideia é fazer uma espécie de revolução na segurança pública, um setor em que o Paraná chegou ao fundo do poço nos últimos anos.
Em nosso Estado os índices de roubos e homicídios e de violência de toda natureza explodiram. O Paraná assumiu uma indesejável liderança como detentor de alguns dos piores índices de criminalidade do País. Corrigir essa situação e reverter essa tendência não vai ser uma tarefa fácil. Mas o governador Beto Richa está disposto a virar esse jogo usando todas as armas.
Entre elas o aumento significativo do contingente das polícias Civil e Militar do Paraná, uma mudança na estrutura das políciais com a criação de novos batalhões e novas delegacias. O efetivo policial do Paraná hoje é inferior ao que existia na década de 80, quando a população do Estado era muito menor e drogas com alto potencial de induzir a violência, como o crack, sequer existiam.
Aumento de contingente policial sozinho, embora seja fundamental, não resolve todo o problema. É preciso que o equipamento policial seja modernizado. O plano do governador passa por um reequipamento policial. Tanto no armamento, viaturas e comunicações.
Equacionar o problema da segurança só é possível se a questão prisional for administrada. Bandido preso tem que ir para a cadeia e ficar na cadeia. Para atingir essa meta é preciso ir além da construção de novos presídios, sempre um processo lento. A Defensoria vai contratar 150 advogados para fazer um mutirão para revisar 30 mil processos. É preciso soltar quem já deveria estar solto para abrir espaço para prender e manter encarcerado quem deveria estar preso.
Outro problema crônico vai ser atacado. Trata-se dos presos que ficam detidos em delegacias. A ideia é esvaziar as delegacias, encaminhar os presos para prisões provisórias e liberar os policiais, que hoje atuam como carcereiros, para que saiam às ruas para garantir a segurança e o direito de ir e vir dos cidadãos de bem.
Além de aumentar o contingente, reequipar a nossa polícia, abrir espaço nas penitenciárias e construir novos presídios, o governo vai agir para cortar a linha de suprimento dos marginais. A fronteira Oeste do Paraná será guarnecida por um batalhão de fronteira e com a implantação de um Gabinete de Gestão Integrada. A ideia é fazer uma espécie de cinturão de proteção para impedir o tráfico de drogas, armas e munições abasteçam os bandidos.
Ações de impacto para golpear duramente os criminosos serão adotadas em todo Estado, a exemplo, do que foi feito em Curitiba, quando forças combinadas da PM, da Polícia Civil e Guarda Municipal fizeram arrastão que mobilizou 500 policiais, prendeu 80 quilos de crack e encarcerou dezenas de traficantes.
Baixar os índices de criminalidade para patamares civilizados é atender a um clamor dos paranaenses que, com toda a razão, não se conformam com a situação de insegurança generalizada. Para nada menos que 56% da população do Estado as questões ligadas à segurança pública são a maior preocupação. O governador está atento a essa demanda da sociedade e vai dar as respostas firmes que o Paraná espera.

O autor é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo na Assembleia Legislativa 

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