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Figura Pública II – Formação da imagem nos meios de comunicação

 

 

A constituição do campo da comunicação é importante para a construção e/ou constituição da imagem; ainda é necessário levar em consideração a forma em que acontece essa constituição no campo comunicacional, considerando que o papel do campo midiático se constitui de liberdade natural e visibilidade de interesses pressupostos. Os candidatos utilizam-se muito bem desses conceitos.

O foco de maior importância é o da imagem recebida e percebida pelo público; o interesse do ator social, nesse caso é, além de apresentar uma imagem favorável, legitimar os fatos, ocorrendo quando o político passa a aparecer nos meios de comunicação.

A mídia tem o poder de construir a imagem, ou seja, o que a … mídia oferece não é a realidade, mas uma construção que permite ao leitor produzir formas simbólicas de representação da sua relação com a realidade concreta (Gregolin, 2003, p. 96).

Ele afirma que depende do que se deseja mostrar, e o público está na condição de espectador, destacando, dessa forma, a política que se mostra ao eleitor e aos cidadãos, para que seja vista.

Sérgio Costa (2002, p. 15) define a esfera pública como um lugar central onde se pode realizar a vontade coletiva, ou, então, pode-se justificar as ações de decisões políticas previamente articuladas.

Habermas (1990) também diz que o espaço público é a expressão da opinião da coletividade, sendo necessária a mediação entre sociedade civil, o Estado e o sistema político.

O espaço público é, então, uma expressão da coletividade; torna-se de suma importância que isso seja ressaltado e colocado em voga através dos meios de comunicação para que, de fato, o espaço seja público e para que as pessoas tenham acesso a ele. Lembrando que essa vontade pode ser facilmente mascarada conforme interesses presentes.

 Complementando: para que haja a condição de imagem pública, é necessário mais do que simplesmente existir, o que para Habermas (1997, p. 92) está contida na … esfera pública e pode ser descrita como uma rede adequada para a comunicação….  A imagem por si só não remete ao público, ela é vinculada a atores sociais. A imagem pública pode sofrer modificações a todo instante, dependendo da situação e do que o candidato almeja. Assim, acabamos facilmente sendo manipulados pela mídia, principalmente em época de eleição (escolher um candidato para votar não é uma tarefa fácil).

Dessa forma, podem acontecer alguns problemas em relação à administração da imagem, pode haver a dificuldade de identificação das imagens públicas. Mas para Gomes (1999), a instância geradora da imagem é a mesma em qualquer sentido: a subjetividade humana. Assim, a imagem passa a existir somente na recepção, ainda que tenha sido planejada desde a emissão. Portanto, caro eleitor, você tem esse poder de decisão, analise tudo o que você viu e ouviu, faça a sua escolha, só lembre-se de fiscalizar a sua escolha nos próximos quatros anos.

 

 

Maria Margaret Lopatiuk, administradora, pedagoga, especialista em Gestão de Recursos Hídricos (UFPR), especialista em Mídia, Política e Atores Sociais (UEPG), especialista em Psicopedagogia

E-mail: [email protected]

 

 

 

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