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É preciso repensar a estrutura

Foto: Divulgação

Desde o princípio de nossa sapiência desenvolvemos uma crença que somos filhos do bem e nossa missão aqui é lutar contra o mal. Não muito tempo atrás acreditando que o mundo capitalista estava muito voraz e gerando uma distância amplificada entre ricos e pobres, criamos, abastecemos e sustentamos a ideia de buscar um Robin Hood para nos salvar das garras do perverso capitalismo notoriamente advindo do norte das Américas.

Com isto criamos um mito que levaria 16 anos para mostrar as garras e apresentar ao mundo o perverso plano globalista de uma esquerda odiosa que enxerga no comunismo o único meio de se combater o capitalismo perverso. Com esta nova modalidade criamos um mito às avessas agora para enfrentar o demônio do comunismo. Os motivos, causas e profecias em cima de um lado ou do outro vão de zero a cem em segundos, é só provocar o assunto e pronto. Discursos e mais discursos.

A favor de um lado, com menos força e totalmente contra o outro, com muita força que até preocupa se não estaríamos à beira de um colapso social. Enquanto isso, lá nas bandas das instituições democráticas, que deveriam estar pensando a nação enquanto sociedade, se esbaldam em criações que alimentam o ego político e o caixa dos partidos com discussões nitidamente partidárias e alheias aos fatos sociais, que aliás são muito bem usados quanto seus efeitos para abastecer de razão seus discursos desconexos e arcaicos.

Já nas bandas das instituições da sociedade civil organizada também nos parece que estão contaminadas pelo ego político e perdidamente preocupadas apenas com mostrar falhas pontuais na legislação ao mesmo tempo que buscam desesperadamente meios de obter recursos para sua manutenção enquanto entidades, haja visto sua significância nos parece estar reduzida ao mesmo modelo partidário dominante na nação.

Com isto, debates importantes como inovação do modelo de comércio, modelo de transporte, sistema bancário, etc estão apenas nas mãos de poucos abnegados que vez ou outra vestem a capa de super herói e nos emprestam um pouco de seu valoroso tempo para tentar salvar ao menos um pouco de nossa dignidade. Repensar a estrutura de nossas entidades de forma a manter uma boa distância dos partidos políticos talvez seja a única forma de fomentar o surgimento de novas lideranças que através das entidades cívicas (acima de civis) consigam nos tirar do caminho da lama que se avoluma a cada dia. O caminho é ASSOCIAR, o caminho existe. Vamos trilhar.

O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo, formado em Filosofia e Administração

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