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Divórcio aumenta, mas maio é o mês das noivas

Fernando Rizzolo

 

 

 

De tão cansado de ouvir sobre corrupção, nomes como Cachoeira, senador Demóstenes, CPI, corrupção, resolvi sentar-me no meu antigo sofá e tentar subtrair do momento político brasileiro algo que me desse satisfação e, ao mesmo, me levasse a uma reflexão sobre a vida – não essa vida de políticos, nem a vida dos investidores da Bolsa, mas algo que me motivasse a escrever sobre investimentos diferentes daqueles que costumo comentar. Decidi escrever sobre investimentos no amor.

Assim, separei tudo o que invade o noticiário ao meu redor, e deparei com uma notícia que realmente me tocou: um levantamento do Colégio Notarial do Brasil, seção São Paulo, mostra que em 2011 os cartórios paulistas registraram um aumento de quase 50% no número de divórcios. E mais: segundo o IBGE, a proporção de pessoas divorciadas quase dobrou em uma década: saltou de 1,7% em 2000 para 3,1% em 2010. São mais de cinco milhões de brasileiros divorciados. Sim, é isso: houve um estrondoso aumento daqueles que dizem adeus à relação. No início fiquei meio receoso de tocar nesse assunto – até porque já estou no meu terceiro casamento; com certeza o último da minha vida –, mas a grande questão é o porquê desse aumento nos divórcios numa grande metrópole.

No meu imaginário quase tentei fazer uma análise do motivo de nos divorciarmos com tanta facilidade – nas relações amorosas – e de insistirmos em não nos divorciar nas relações políticas, dando sempre o nosso voto para aquele político que sabemos ser traidor e safado… parei por aí. Já estava, quase sem querer, voltando a falar do Cachoeira, do senador Demóstenes e dos políticos em geral, e esse definitivamente não seria o tema do artigo.

Num lance à direita da mesa ao lado do meu antigo sofá que me acolhe sentado, pensando e escrevendo aos meus leitores, vejo que estamos em maio.. Ah!!! Maio, o mês das noivas: esse seria o início do sonho de acreditar que tudo vai dar certo e no fundo acho mesmo que a união de duas pessoas é uma construção de um sonho diário, intenso, e que dá trabalho, mas compensa. Esse aumento dos divórcios talvez se deva à facilidade de ir ao cartório, quando a lei permitir essa via, e resolver tudo de uma vez por todas e dizer adeus. Mas nada melhor do que amar, se dar bem, rir, compartilhar o amor num clima de praia, num banho de cachoeira… Opa! Cachoeira não!!! Vamos amar com dignidade, sinceridade, para termos sorte na vida a dois. Aliás, como disse o cineasta Woody Allen certa vez, o segredo do bom casamento é sorte… simplesmente sorte…. Ah! Pensando bem, como falta sorte na política brasileira…….

 

 

 

O autor é advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais, membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP, articulista colaborador da Agência Estado. www.blogdorizzolo.com.br, [email protected]

 

 

 

Olho: O segredo do bom casamento é sorte… simplesmente sorte

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