em

Corte de árvores na Praça

Péricles de Holleben Mello*

A Prefeitura Municipal precisa explicar os motivos pelos quais foram cortadas cerca de 15 árvores frondosas na praça Marechal Floriano Peixoto, onde a cidade começou.Até onde sei, a população não foi avisada antecipadamente como era de se esperar nesse caso.Já houve um fato como esse, de triste lembrança em nossa história, na década de 80,que levou ,principalmente a juventude e ambientalistas da época, a uma intensa mobilização.

Como cidadão ponta-grossense e morador das imediações de nossa Catedral me sinto no direito de pedir esclarecimentos e sugeri a alguns vereadores que solicitem oficialmente informações a esse respeito:

-Trata-se da primeira etapa de uma intervenção mais abrangente conforme projeto de arquitetos e paisagistas do município (assim aconteceu na Praça Simon Bolívar com elogios da comunidade) ou tal decisão foi tomada porque as árvores estavam podres, como dizem alguns, e existe laudo de técnicos da Prefeitura e do IAP, atestando essa condição?

-Foi por uma questão estética para que a fachada da Catedral, que surgiu dos escombros de uma dos mais belos e importantes prédios do nosso aniquilado patrimônio histórico, possa ser contemplada de uma maior distância?

-Assim também as fachadas do Centro de Criatividade, Quartel General, Clube Pontagrossense, antigo Fórum e atual Museu da UEPG, felizmente preservados?

-Talvez, como sugeriu uma amiga, para que diminuísse a proliferação de escorpiões e outros aracnídeos e pombas que tantos danos trazem à saúde publica, tão priorizada pela atual gestão do município?

-Ou para facilitar a vigilância e o controle sobre visitantes inconvenientes, uma espécie de nova tentativa de higienizarão social, tragicamente ainda propalada por alguns – lugar de pobres, desempregados, ociosos, mendigos ou moradores de rua deve ser a mais distante das periferias para não ferir o sossego e “enfear” a nossa bela paisagem central?

Essas e outras perguntas surgem na consciência de muitos, e com certa razão, pois vêm ancoradas em vários episódios da história local. Para que ilações desse tipo não continuem acontecendo e mesmo para que a atual administração não sofra críticas injustas ou até mesquinhas, esse episódio e outros semelhantes, que possam vir a ocorrer por decisão da Prefeitura, precisam ser urgentemente esclarecidos.

Já acontece mobilização preventiva nas redes sociais com relação a praça Barão do Rio Branco. Transparência e participação popular em decisões importantes tornam um governo mais justo!

Por enquanto o que sei é que, durante um longo período, na nossa praça da Catedral, pouquíssimos bancos permanecerão onde possamos descansar à sombra. Pelo menos ainda nos resta o banho de sol!

O autor é deputado estadual e ex-prefeito de Ponta Grossa

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.