Marcio Pauliki
Como uma das 44 entidades integrantes do Conselho, gostaria de expressar minha opinião. Para aqueles que ainda não entenderam para que serve, como alguns o denominam, o “tal” Conselho de Entidades, vamos tentar ser o mais didático possível… Em muitos e muitos anos pude presenciar diversos momentos “sublimes” de cidadania onde candidatos a cargos públicos assinaram “termos de compromissos” com diversas entidades da sociedade civil organizada, recheadas de promessas, sorrisos e afabilidade… e o que aconteceu? Absolutamente nada!
Mas sempre ficou uma dúvida… Será que nossos representantes políticos não davam a atenção a seus compromissos firmados junto às entidades por pura arrogância (ou quem sabe até esquecimento) ou então porque não havia absolutamente cobrança alguma por parte destas mesmas instituições?
Ponta Grossa tem uma vasta rede de entidades representativas de suas classes. São dezenas de sindicatos, instituições, clubes de serviços, grêmios estudantis que buscam, cada um a seu critério, as conquistas necessárias para que o desenvolvimento econômico e social possa florir e prevalecer em nossa cidade. O fato é que cada entidade, de forma isolada, acaba construindo sua própria visão de desenvolvimento para a cidade, elencando aquilo que imagina ser o essencial para o futuro da cidade.
Com o objetivo de “Unir em uma Só Voz” as principais instituições de Ponta Grossa, tendo como objetivo a formatação de uma Agenda de prioridades (Agenda 20/10) , foi criado o Conselho de Entidades e que entre seus principais objetivos, enumero os 2 principais:
1) Aumentar a representação política de nossa cidade por intermédio de campanhas de valorização do voto, formação política, cobrança de resultados de nossos representantes municipais, estaduais e federais sobre a agenda de reivindicações formulada, etc. Um dos bons exemplos foi a campanha “Santo de casa faz Milagre!”, que propôs a valorização do voto daqui para os candidatos daqui. Em 2014 será deflagrada uma campanha onde o Conselho irá motivar o voto para aqueles candidatos de Ponta Grossa, bem como todos aqueles, residentes ou não, que trouxerem o maior número de benefícios para Ponta Grossa e que bem representaram nossa região.
2) Atuar de forma direta nas questões que envolvem a Gestão Pública, seja ela do executivo ou legislativo local, dentro de um acompanhamento e até de fiscalização (neste caso com o apoio do Observatório Social de Ponta Grossa). Desta forma, a sociedade civil organizada poderá participar de forma efetiva e sem receios, por meio do Conselho de Entidades, do processo político da cidade, contribuindo para que a máxima “TODO PODER EMANA DO POVO E EM SEU NOME DEVER SER EXERCIDO”, seja realmente praticada em sua plenitude.
Desta forma, se ainda tem quem defenda que líderes comunitários não possam participar diretamente da vida pública, inclusive partidária, aí esta mais um motivo para a efetividade e serventia deste Conselho o qual catalisa para si todas as demandas que geram as discussões políticas necessárias ao desenvolvimento da cidade.
Portanto, respondendo àqueles que podem estar mal informados ou mal intencionados… A FUNÇÃO DO CONSELHO DE ENTIDADES É SIM DAR ÀS ENTIDADES A REPRESENTAÇÃO POLÍTICA NECESSÁRIA PARA COMBATER TODOS OS MALES DA DEMOCRACIA, QUE SÓ PODE SER COMBATIDA COM MAIS DEMOCRACIA… até porque não podemos mais perder tempo batendo em uma parede, esperando que se torne uma porta.
Há um posicionamento por parte de um setor da imprensa, a qual afirma que a função do “tal” Conselho deveria ser a discussão das questões pertinentes ao setor empresarial, social e de desenvolvimento, uma vez que as entidades e órgãos representam a categoria… Pois bem, é bom reforçar que a partir do momento em que o Conselho de Entidades tem cobrado de nossos representantes políticos a devida atenção às nossas prioridades na Agenda 20/10, estão se cobrando justamente as metas de infraestrutura, saúde, segurança pública, educação, emprego e renda e as mais de 50 reivindicações que podem garantir o salto de qualidade que Ponta Grossa precisa!
O autor é presidente da Acipg