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A Oportunidade está nas nossas mãos

 

Jorge dos Santos Avila

 

 

Dentro de algumas semanas a campanha política começará a ganhar as ruas e a entrar nas nossas casas. Alguns “apressadinhos” é claro que já estão fazendo, ilegalmente, campanha antecipada, mas isso cabe a população denunciar e a justiça eleitoral julgar. Vamos entrar num processo onde teremos a oportunidade de decidir o futuro da nossa cidade, não somente para os próximos quatro anos. Medidas e decisões tomadas hoje, podem refletir positiva ou negativamente também a médio e a longo prazo. 

Muitos reclamam que a política é corrupta, que a política é suja, que sempre os mesmos estão lá, reclamam que somente trocam as cadeiras entre as esferas. Mas e a parcela que cabe a população? Quem é que vota sempre no corrupto, nos mesmos e nos que só trocam de cadeiras? Quem vota nos candidatos em troca da dentadura, da cesta básica, da pinga, do ingresso do show, do CD e do DVD, não estaria sendo tão corrupto quanto o candidato que faz isso?

Há aqueles que acham perda de tempo deixar a televisão ou o rádio ligados quando inicia o programa eleitoral gratuito. Seria perda de tempo parar alguns minutos do dia para pensar no futuro da cidade? Seria perda de tempo analisar as ações passadas e as propostas que ali os candidatos estão colocando? Pensar e dar atenção para cidade em que vivemos, para cidade em que nossos filhos e netos viverão é perda de tempo? Quantos de nós paramos para analisar o que é de competência do vereador e o que é de competência do prefeito? Quantos de nós sabemos o que é Legislativo e o que é Executivo? Questões como essas, quando respondidas, auxiliam e muito para uma melhor escolha em quem votar.

Se hoje temos uma Câmara Municipal que não é dos nossos sonhos, que em sua maioria vota apenas nome de rua, se temos vereadores com números excessivos de falta, foi porque há quatro anos atrás votamos no candidato que era o mais bonito, ou no candidato que deu a gasolina naquele período de eleição, ou no candidato que teve um bom papo a quatro anos atrás no portão das nossas casas, e retornará ao bairro somente agora, quatro anos depois.

Quantos de nós se corresponde via e-mail ou telefone com o candidato que ajudou a eleger? Quantos assistimos ao menos uma sessão da Câmara dos Vereadores nos últimos quatro anos? Hoje não precisa nem sair de casa ou do trabalho, hoje pode-se assistir de maneira on-line as sessões. O ato de cidadania não termina no momento do voto, ser cidadão é também estar de olho e cobrar.

Nós ponta-grossenses, de nascimento ou de adoção, temos vários motivos para nos orgulharmos da nossa capital cívica. Temos uma universidade pública e de qualidade que é premiada e é referência em muitas áreas, nosso comércio é forte e se espalha para outros estados, temos uma agricultura pujante e nossa indústria não deixa a desejar. Por outro lado, há muito trabalho a ser feito, principalmente no que diz respeito à saúde e à infraestrutura. A escolha para o gerenciamento disso tudo está nas nossas mãos.

Cabe a nós analisarmos se isso tudo é perda de tempo, ou se vale a pena votar no candidato que de alguma maneira se dispõe a comprar o nosso voto. Se muitos generalizam a política como corrupta e suja, é porque devem ter as mãos limpas.

A oportunidade de usar essas mãos limpas para iniciar um processo de limpeza e moralização se concretiza nas urnas. Creio que valha a pena que pensemos um pouco mais, e utilizamos como reflexivo esse processo eleitoral que se avizinha, para que voltemos de fato a sentirmos orgulho pleno da nossa princesa dos campos.

 

 

 

O autor é bacharel em Administração e Acadêmico de Ciências Econômicas (UEPG)

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