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A falência da nação

 

 

O título deste artigo empresta um termo econômico para demonstrar a situação que chegou o Brasil atualmente, porém, a falência referida não é nos termos financeiros (apesar de que mesmo nestes, também existam sinais alarmantes), mas sim em termos morais, dos valores universais, de direitos humanos e civis.

A barbárie cotidiana em que está mergulhada a nação, onde uma mulher supostamente criminosa foi linchada covardemente em praça pública, onde pais matam filhos e filhos matam pais, bandidos dominam vastas áreas urbanas, baderneiros destroem patrimônios públicos e privados impunemente, entre tantos outros casos absolutamente intoleráveis, não só assustam, mas também deformam o espírito e a mentalidade de um povo, que involuntariamente vai aceitando isso como normal fatalidade e, pior, com desprezível indiferença. Passados alguns meses, tudo vira apenas estatística.

Há tempos que o Brasil é esculachado no exterior, porém, nunca houve tantas justificativas para sermos motivo de piada mundo afora. Apesar de termos um dos territórios mais extraordinários e ricos do planeta, possuirmos ilhas de excelência em diversos setores, sermos uma das maiores economias do mundo, estar entre as dez maiores democracias, etc., continuamos a ter problemas crônicos em setores básicos, os quais já foram resolvidos há mais de um século no mundo desenvolvido.

Mais de 50% dos brasileiros ainda não possuem sequer saneamento básico, ou seja, mais de 100 milhões de pessoas convivem diariamente com o esgoto a céu aberto nas portas de suas residências. E pensar que para cada real investido em saneamento, economizaríamos cinco reais em saúde pública. Como aceitamos essa tragédia humana tão flagrante? E não adianta falar em falta de recursos, quando bilhões são gastos em estádios para inglês ver numa Copa do Mundo de fantasia e roubalheira.

Nos últimos anos, instalou-se um vale-tudo no Brasil, em todas as coisas e em todos os lugares, devido à falta de uma liderança ética e exemplar no comando da nação. O ex-presidente da República e a atual, Lula e Dilma (PT), ao se aliarem a corruptos históricos e passarem a mão na cabeça dos seus, chancelaram a era mais imoral da nossa história, que serviu, devido ao seu poder pedagógico, como estopim dessa verdadeira guerra cotidiana em que sobrevivemos a cada dia com mais pavor, já que a palavra medo nem traduz mais o que estamos sentindo na terra do futebol, da alegria, do carnaval e, onde o crime compensa.

Com uma polícia corrupta, despreparada, desaparelhada e um Judiciário caótico, moroso e tão corrupto quanto, os brasileiros estão perdendo a esperança na Justiça e partindo para o medieval ‘olho por olho, dente por dente’ e, lamentavelmente, constata-se que os pobres neste país são capazes de linchar um ladrão de margarina, mas continuar votando nos mesmos ladrões do colarinho branco de sempre. 

As mazelas nacionais dizem muito sobre nós, só que estamos ocupados demais para pensar nisso, afinal, quando mesmo é o próximo feriado?!

Sandro Ferreira.

Cidadão brasileiro.

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