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A casa do empresário

Foto: Divulgação

Por Gilmar Denck

Precisamos fazer frente aos desafios trazidos pela pandemia do novo coronavírus. E neste momento de turbulência é compreensível que os empresários analisem a importância do associativismo e qual o seu papel na busca de soluções para o enfrentamento da crise.

Bem, podemos dizer que as pessoas procuram se unir, se mobilizar e agir em conjunto por dois motivos: quando individualmente sentem fraqueza ou, quando agem juntas e podem aproveitar melhor as oportunidades. E é nesse momento de crise que a ideia de associar-se ao outro toma maiores proporções, pois com o outro forma-se o “nós”, e o “nós” poderá realizar muitas coisas, aumentando sensivelmente as chances de êxito.

No caso de micro e pequenas empresas, essa associação (associativismo) é ainda mais relevante, uma vez que permite articular suas demandas e ganhar protagonismo na elaboração de políticas públicas setoriais. Esse é o princípio da sinergia, quando a soma das partes é maior do que o seu todo.

Neste sentido, nos parece que o associativismo empresarial praticado há quase 100 anos pela Acipg tem essa característica: ser um grande telhado que protege micro e pequenos empreendedores das intempéries que afetam os negócios, de forma perene. Também importante lembrar que nesse “telhado” todos somos uma “telha” que cumpre dupla função: a de proteger e de ser protegido.

A representatividade institucional exercida pela Acipg junto ao governo federal, pela Faciap nos estados e pelas CACB (Confederação das Associações Comerciais do Brasil) em Brasília nunca foi tão necessária, não apenas para as empresas associadas, mas também para o ambiente de negócios como um todo. Os líderes do sistema se tornaram peças fundamentais neste jogo de defesa de interesses coletivos e setoriais, e percebe-se que há grande protagonismo do setor de comércio e serviços nas principais discussões que ocorrem no país neste momento.

E aqui cabem mais duas importantes reflexões: como nossas entidades estão se posicionando frente ao poder público? Como nossas entidades estão se posicionando frente aos associados? Ao poder público, devemos ser a voz do empresariado, em especial dos micro e pequenos negócios, que são aqueles que contam com a força da nossa união para defender seus interesses. Neste caso, é preciso equilíbrio e bom senso para que as demandas reflitam a real necessidade do setor frente à crise. Vale lembrar que somente no dicionário é que a “economia” vem antes da “vida”.

Aos associados, devemos solidariedade, mantendo contato frequente, ouvindo críticas e sugestões, divulgando o trabalho feito pela Acipg. Nossa maior força é a ampla representatividade e capilaridade que temos, portanto, é preciso que cada associado entenda que ao fazer parte, ele automaticamente terá seus interesses representados em âmbito municipal, estadual e federal.

Neste contexto, vale destacar um pensamento que é a síntese de anos de estudo de um dos maiores especialistas em gestão e liderança, Jim Collins: “O que importa é o que as pessoas fazem, não o ambiente em que estão”.

A razão de existir de cada entidade deve ser refletida em todas suas ações, representando os interesses de um setor extremamente relevante e contribuindo ativamente na construção de políticas públicas que melhorem o bem-estar da sociedade por meio de um ambiente de negócios saudável.

Esperamos que todos nós saibamos agir com serenidade, exercendo o papel que nos cabe, ora como telha, ora como beneficiário do telhado que construímos juntos. Devemos pensar uma Campanha “Somos associados Acipg, a casa do empresário”.

Com intuito de fortalecer ainda mais nossa entidade que vem incansavelmente atuando pelo desenvolvimento de nossas empresas, do município e de nossa população, queremos mostrar quem faz parte desse movimento, associados, parceiros e apoiadores, vamos envolver toda nossa rede. É um movimento forte que impacta o progresso de todos. Juntos, crescemos e contribuímos!

Nesse momento de incertezas, precisamos mais do que nunca, unirmos forças para encontrarmos uma solução que beneficie a todos. O caminho existe. Vamos trilhar.

O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração

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