Entre as parcerias que mantenho no desenvolvimento do meu trabalho na área de capital humano (headhunter), o escritor, palestrante e especialista em comunicação corporativa, Eloi Zanetti, é um bom aliado e contador de causos para motivar platéias de empresários e trabalhadores com suas palestras e textos.
Segundo o Eloi: Nos últimos tempos, talvez por causa do ritmo alucinado com que estamos levando a vida, têm surgido movimentos que fazem apologia de se levar uma vida mais devagar. Assim nasceram os slow food, slow arte, slow money e outras dezenas de especificações do gênero. No meio de tudo isso, desponta o pense devagar já com alguns livros abordando o assunto e tratado como se isso fosse a maior novidade. O filósofo romano Sêneca há dois mil anos já dizia: Nada é ordenado quando feito precipitadamente. Por força profissional, sou obrigado a pensar rápido e a maior parte das minhas sugestões a clientes nascem de trabalhos a ritmo de para ontem.
Trabalhar sem afobação e com o tempo a favor
Aprendi que o trabalho criativo, quando tocado com mais calma e suavidade, produz um gostoso e sereno fluxo de energia e concentração. Desse modo, quase não sinto o tempo passar e a minha produção torna-se mais rica, eficiente e com menos desgaste. Trabalhar com afobação quase sempre significa deixar a obra inacabada. Uma viagem é melhor e menos cansativa quando estabelecemos um ritmo constante, sem pressa. Este estado de atenção sem esforço, fruto do pensar devagar, tem merecido atenção de pesquisadores e psicólogos. Eles nos dizem que ao entrar em tal forma de trabalho, em vez de gastarmos parte da nossa energia tentando nos manter concentrados e livres de distrações, canalizamos esses recursos para a tarefa em si.
Criatividade, contemplação e introspecção
Os atores do Circ de Soleil têm como regra primordial considerar o tempo do preparo da maquiagem sagrado. Monta-se a base e as pinturas corporais em ritmo lento, com muita calma, com todo o tempo do mundo à disposição. Fazendo assim eles preparam seus espíritos e corpos para o que vem em seguida: um show alucinante capaz de arrebatar entusiasmo das plateias. Há muito tempo entrevistamos para a revista Bamerindus o músico Dorival Caymmi ele que tinha fama de ser preguiçoso.