A comunicação continua sendo um desafio nas relações interpessoais da maioria das organizações. Da qualidade desta comunicação dependem todos os outros desdobramentos, incluindo o resultado financeiro da empresa. Em livro recém-lançado pela consultora Sulamita Mendes, intitulado As sutilezas e o óbvio da comunicação corporativa, a especialista defende que comunicação não é o que se fala, mas o que o outro compreende a partir dessa fala.
Segundo ela, hoje a velocidade e o fluxo de comunicação são muito intensos e não se restringe a uma área da empresa, porque constantemente todos se comunicam. Comunicação é tudo e é responsabilidade de todos, não somente de uma área da organização. Deve ser entendida a partir de uma perspectiva integrada, pois não é produtivo um departamento se comunicar por meios diferentes daquele outro que também faz parte da organização, sem uma identidade com o posicionamento da empresa e com sua política de comunicação, conta Sulamita em um dos trechos do livro.
Nesse conjunto estratégico, ampliar as formas de comunicação dentro do ambiente corporativo é uma busca constante das empresas. A grande aceitação das redes sociais no cotidiano das pessoas abre novas possibilidades para interações diferenciadas também dentro do ambiente de trabalho. As redes sociais têm, no mundo, mais de 750 milhões de usuários, número que mostra o interesse das pessoas por essa forma de relacionamento. Diante disso, o segmento empresarial aposta em soluções que recriam em ambientes fechados as características desses fenômenos mundiais, permitindo uma interação diferenciada além da já estabelecida com uso do e-mail.
De acordo com a gerente de marketing de uma empresa de gestão e tecnologia, Vanessa Palomo, as redes sociais corporativas buscam criar ambientes de compartilhamento de informações relevantes para a empresa de uma forma mais interativa e alinhada ao modelo de comunicação difundido pela internet. O layout é muito parecido com o que as pessoas já usam no Facebook, por exemplo. O conceito de compartilhamento é o mesmo, assim como as demais formas de interação. Isso facilita a inserção da ferramenta no cotidiano da empresa, reflete.
Nas redes sociais corporativas, os grupos relacionados à empresa podem abrir fóruns de discussão sobre assuntos diversos, além de curtir e comentar atividades de todos os participantes. Mais que isso, o grande diferencial é a possibilidade de compartilhamento de arquivos. Assim, as pessoas têm acesso exatamente ao mesmo conteúdo em qualquer lugar e a qualquer tempo, sem ter que se preocupar com backup das informações de e-mail ou servidores. Essa é uma maneira de envolver os colaboradores de uma forma diferenciada, mostrando para eles novas possibilidades dentro de um mesmo espaço, garante Vanessa.