O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Caprinos, Arlindo Ivo, quer incentivar os produtores rurais dos Campos Gerais a se dedicarem a criação de caprinos. Ele esteve em Ponta Grossa, no último sábado (12), no dia de campo da Faculdade Cescage, quando foi lançado a Associação Paranaense de Criadores de Caprinos.
Segundo o presidente, o mercado nacional de caprinos é crescente, apesar da recessão econômica. Tem um potencial muito grande, diz. Ele conta que, recentemente, uma empresa americana procurou a Associação para conversar sobre a possibilidade de importar do Brasil entre 50 e 100 toneladas de leite de cabra em pó, então demanda existe, mas a cadeia produtiva está meio solta e uma das atribuições da nova diretoria nacional é tentar organizar esta cadeia, fala.
De acordo com o presidente, o plantel brasileiro é de aproximadamente 14 milhões de cabeças de cabra, sendo que o maior criador é o Nordeste do país. A caprinocultura é mais direcionada para a produção do leite, comenta.
Conforme o presidente, não há segredos para manter um rebanho. O clima do Sul é favorável, mas aqui a agricultura tem peso maior, observa ao tentar explicar porque o maior plantel está no Nordeste. No entanto, ele assegura que é muito fácil manter a criação. É um animal resistente, requer pouco cuidado da parte clínica, observa.
Cescage
O Cescage possui um laboratório de tecnologia e reprodução reconhecido e autorizado pelo Ministério da Agricultura. O laboratório presta serviço para o Cescage Genética, fazendo inseminação artificial e transferência de embriões, e para produtores da região, além de estar aberto aos criadores de outros estados brasileiros.
De acordo com o professor, Raimundo Jorge Pereira, o Cescage possui um rebanho da raça Boer (para produção de carne), com aproximadamente 40 cabeças e está iniciando dois novos plantéis das raças Saanen e Parda Alpina, ambas especializadas para produção de leite.
Segundo o professor, a escolha por estas duas raças leiteiras foi ideia do fundador do Cescage, desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, José Sebastião Fagundes Cunha, para produção de queijos especiais, projeto a médio prazo.