Esclarecendo
O sonho de todo profissional que se sente carregando nas costas o setor ou a empresa, é fazer com que a chefia deixe de se aproveitar dele. Porém, é necessário primeiro analisar se não é o próprio profissional que chama para si este tipo de situação. Há casos em que a pessoa se acostumou a trabalhar num ritmo alucinante. No seu pensamento, ela é a pessoa mais exigida da equipe, ou então ela não está se dedicando o suficiente. Note que não se trata de salário ou de reconhecimento público por parte da chefia, mas de uma necessidade que o próprio profissional tem.
Quem cala, consente
Quando uma pessoa age desta maneira a chefia não tem muita opção porque a sobrecarga é procurada pelo funcionário, mas há também casos em que o gestor sabe que está gerando essa sobrecarga no profissional. Um deles é quando se adota a política do silêncio, ou seja, o chefe pede tudo o que quer e fica quieto, analisando qual vai ser a reação do funcionário. Se ele reclamar que está sobrecarregado, o chefe trata de providenciar ajuda. Já, se a pessoa aceita passivamente tudo o que lhe for solicitado, o chefe entende que está tudo bem, e o que é pior, esse silêncio do funcionário ainda é entendido como uma comprovação clara que ele tinha tempo ocioso.
Não é reclamação
É por isso que para mudar a visão da chefia, há dois cuidados a se tomar. O primeiro é sobre a forma de comunicar essa sobrecarga ao seu superior. A recomendação é que se passe a informação sob a forma de um pedido de ajuda e não de uma reclamação. A segunda recomendação é para se ter certeza que a sobrecarga é verdadeira, pois muitos profissionais, quando reclamam que o tempo não vai ser suficiente, recebem como resposta o chefe ao seu lado, trabalhando e provando que é possível. Resumindo, a sobrecarga no trabalho vai continuar até que o profissional aprenda a comunicar corretamente ao seu chefe que ele precisa de ajuda, e não que ele está reclamando.