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‘Bolsa Família’ cumpre seu papel em PG

Ana Maria Branco de Holleben

Espero ainda ver o dia em que o Programa Bolsa Família não seja mais necessário. Explico: essa política de transferência de renda do governo federal é extremamente necessária hoje, dando as garantias mínimas de alimentação, educação e saúde para famílias empobrecidas. No entanto, à medida que as famílias conseguem condições melhores de vida, emprego e renda, essa iniciativa vai se tornando desnecessária, pois cumpre o seu papel no desenvolvimento da sociedade brasileira.

Em Ponta Grossa, o Bolsa Família tem apresentado resultados efetivos nesse sentido. Reportagem realizada pela jornalista Luciana Almeida e publicada no Jornal Diário dos Campos no último dia 24 de julho de 2011, mostra que, desde 2005, o número de famílias atendidas pelo programa reduziu em 25%, passando de 11,1 mil benefícios para 8,3 mil. De acordo com a reportagem, o principal motivo para essa redução foi a melhoria da renda, ocasionada pela inserção no mercado de trabalho.

É uma resposta contundente para os críticos do programa, que, em sua maioria movidos por questões ideológicas, dizem se tratar de uma política assistencialista com vistas a criar um exército de eleitores favoráveis ao atual governo do PT.

Mostra também que as pessoas que conseguem condições mínimas de sobrevivência aprendem a andar com seus próprios pés, se qualificando para competir no mercado de trabalho e fazendo com que a economia do país cresça, colaborando assim com seus impostos para que o governo possa investir cada vez mais em educação, segurança e saúde.

É necessário lembrar que o benefício do Bolsa Família está diretamente ligado a frequência dos filhos dessas famílias à escola, gerando um círculo virtuoso que vai redundar cada vez mais em melhores condições de vida da população mais empobrecida.

No entanto, há ainda outro desafio para todos os que sonham ver um Brasil sem a desigualdade social hoje existente. A reportagem do Diário dos Campos mostra que no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram registradas em Ponta Grossa 14,2 mil famílias com faixa de renda dentro dos limites do Bolsa Família, ou seja, 6 mil famílias de nossa cidade estão sem acesso ao programa.

Na minha opinião, o principal motivo dessa disparidade é a falta de informação. É preciso que todos nós, cidadãos ponta-grossenses, fiquemos atentos ao que ocorre na nossa cidade, auxiliando essas famílias e orientando-as para que busquem seus direitos e assim saiam da pobreza extrema. Fazendo uso de nosso espírito solidário, poderemos transformar o nosso meio, promovendo uma sociedade cada vez mais justa e igualitária, com todos gozando plenamente de seus direitos.

A autora é vereadora pelo PT em Ponta Grossa 

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