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Ecos da colonização polonesa

Márcia Zan

    A presença da raça polonesa em território brasileiro, notadamente no Estado do Paraná, ao longo do século passado, serviu de inspiração para muitos autores, quer poloneses, quer brasileiros, descendentes ou não de poloneses.
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    No que respeita aos poloneses, que aqui é o que nos interessa mais de perto, o pesquisador Faris Michaele, referindo-se de modo geral à etnia de fundo eslavo, faz as seguintes considerações: Passemos para a etnia de fundo eslavo ou eslavônico, que compreende os poloneses, ucraínos e outros povos de idiomas eslavos.    
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    O historiador Ruy Wachowicz informa que se deve aos imigrantes poloneses a introdução da carroça no Brasil e que esse meio de transporte foi responsável por um ciclo rodoviário na região sul.
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    Antigamente, quando Ponta Grossa era uma cidade pequena, todos os poloneses – quer da zona rural quer da urbana – compareciam em massa às missas realizadas na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, de construção sólida e vistosa, situada num dos pontos mais centrais da cidade. E, embora seja hoje frequentada por qualquer pessoa, independentemente de sua nacionalidade, ela ainda continua sendo chamada pelo apelido com que outrora a batizaram – Igreja dos Polacos. Os mais antigos lembram-se com saudade das missas dominicais nessa igreja e guardam ainda na retina a imagem colorida do pátio coberto pelas carroças polonesas enfeitadas de flores e papel.
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    São, na verdade, muito festeiros. Costuma-se dizer que festa de polaco dura três dias, sempre com muita música e dança.
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    Um dos pratos que eles mais apreciam é o pierogui, um pastel recheado de requeijão e batata, que se come cozido e coberto com nata ou molho de tomate. Outro prato típico também bastante comum entre eles é o charuto, que eles chamam glonqui (corruptela da forma polonesa culta golambki), feito de folha de repolho com recheio de arroz e carne de porco.
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    Os nomes são inúmeros, alguns já de projeção mais que nacional: Saporski, Romanovski, Noviski, Wolski, Delinski, Wasilevski, Pianovski, Mulaski, Baran, Kossobudski e muito mais.

Nota da secretaria: excertos do livro Ecos da colonização polonesa, de Márcia Zan, Ed. UEPG, 1998.

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