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NAVEGAR É PRECISO

 

Emerson Pugsley

 

 

 

         Vivemos na era da informação, das tecnologias de massa e comunicação real e virtual. Todos, no mundo inteiro, com um simples clique em um teclado, acessam notícias em geral, conversam com familiares e amigos, participam de chats e diferentes sites de relacionamento. Conhecem pessoas ao redor do planeta, de diversas etnias.

         A internet tem auxiliado a vida moderna. Transações bancárias são feitas dentro de nossa própria sala de casa, alimentos e remédios solicitados, sem sairmos de casa, e temos o conforto de recebê-los na porta.

         Mas tudo o que é bom, pode ser ruim também. A facilidade traz algumas contradições e problemas. O que era para unir pessoas pode separar, e o principal, com claras provas, pois tudo é rastreado, nada fica no anonimato na internet. Uma recente reportagem, sobre a festa de lançamento do último IPHONE da Apple, aparelho moderníssimo, trouxe um complemento, sobre o caso de um esposo destruído, pois presenteou a sua esposa com um desses aparelhos e, em poucos dias, visualizou na tela do aparelho dela, todo o roteiro da traição conjugal que estava sofrendo e não encontrava formas de descobrir. Fato real, da vida real.

         É mais um exemplo que vivemos em uma época perigosa. Cartões podem ser clonados. Sua senha bancária pode ser copiada por estranhos. Suas fotos podem ser afixadas em locais impróprios.

         É a navegação. Imagine a cena, um mar calmo e barcos suavemente deslizando em suas águas. É uma típica cena de nossa própria existência. Quando procuramos um porto seguro para ficarmos, os problemas parecem não existir, mas existem e estão nos acompanhando sempre.

         Não podemos basear nossas ações somente no virtual. Pessoas precisam de abraço real, de alimento real, de amor real. Mas muitos, vivem virtualmente. Passam noites inteiras, dias inteiros nas redes sociais, mas em muitos casos, não conhecem nem seus próprios vizinhos.

         Viajam o mundo inteiro pela tela do computador, mas não conseguem caminhar até a esquina de casa. Fazem compras o tempo todo via internet, mas não conhecem a padaria do seu bairro. Coisas tão simples, vocês podem dizer, mas muito complexas, pois estamos, cada dia mais, nos individualizando, ficando egoístas e seres mecânicos, ou robôs da sociedade consumista.

         Como diz David Siegel é preciso parar de encarar a internet como uma rede de computadores. Ela é uma rede de pessoas. E pessoas, são humanas, imperfeitas, sentem dor e morrem.

         Como você tem pensado a vida virtual? Deixo esta indagação a todos.

 

 

O autor é cidadão ponta-grossense

 

 

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